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Valdemar Costa Neto é preso em operação que mira núcleo de Bolsonaro

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto foi preso por posse ilegal de arma de fogo após ser alvo de operação da PF sobre golpe de Estado

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PL Imagem colorida de Valdemar Costa Neto dando um abraço em Jair Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 PL Imagem colorida de Valdemar Costa Neto dando um abraço em Jair Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Reprodução

O presidente do PL de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, foi preso nesta quinta-feira (8/2), no âmbito das investigações sobre o plano de golpe de Estado após o segundo turno das eleições de 2022. Costa Neto é alvo da operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares contra o núcleo de Bolsonaro responsável pelo suposto planejamento de uma tentativa de golpe de Estado. 

A informação sobre a prisão do presidente do PL foi confirmada à coluna por fontes da PF. A prisão em flagrante ocorreu por posse ilegal de arma de fogo, encontrada com o dirigente em sua residência, durante o cumprimento de mandados da operação Tempus Veritatis. 

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Inicialmente, Valdemar seria alvo apenas de buscas e apreensões no âmbito da investigação que apura uma tentativa de golpe de Estado por parte do núcleo de Jair Bolsonaro. A PF também cumpriu mandados na sede do PL, no mesmo prédio onde Costa Neto reside.

O dirigente é investigado por supostamente discutir o plano de golpe com outros integrantes do governo e militares, todos alvos da PF. Ele foi citado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação premiada. 

Em depoimento, Mauro Cid afirmou ter participado de reuniões com Valdemar Costa Neto, com o ex-vice-presidente Braga Netto, o ex-ministro Anderson Torres e o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. Eles foram alvo da PF nesta quinta, assim como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro, general Augusto Heleno.

Foram presos o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL. Martins, segundo a PF, foi o responsável por entregar a minuta do golpe a Bolsonaro.

A PF também cumpriu mandados de prisão contra o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa, e o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um prazo de 24 horas para entregar seu passaporte à Polícia Federal.

Contrário a golpe

Preso nesta quinta-feira (8/2) em operação que mirou aliados de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto foi contra a tentativa de golpe de Estado defendida por integrantes do núcleo do ex-presidente em dezembro de 2022.

Como mostrou a coluna, Valdemar se recusou até mesmo a contestar judicialmente a diplomação de Lula como presidente da República, como queria Bolsonaro.

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Para o dirigente, questionar o funcionamento das urnas eletrônicas, como fez o PL, foi legítimo. Já contestar a diplomação de Lula após a cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 12 de dezembro, seria um passo além.

Na ocasião, Valdemar disse ser grato a Bolsonaro por ter escolhido o partido, mas pontuou que imporia limites a empreitadas que pudessem trazer consequências mais nefastas ao PL do que a multa de R$ 22 milhões aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes pelo questionamento das urnas.

Outra ponderação feita por Valdemar para conter a ala radical do núcleo de Bolsonaro foi que, apesar do desejo de militares de impedirem a posse de Lula, tal medida não encontraria respaldo dentro da classe política, que se voltaria contra a medida.

Em 2023, Valdemar revelou ter se arrependido de contestar a credibilidade do sistema eleitoral eletrônico.

Valdemar foi preso em flagrante, nesta quinta-feira, por posse ilegal de arma de fogo. Inicialmente, a PF faria apenas operação de busca e apreensão contra o dirigente, no âmbito das investigações sobre golpe de Estado.

 

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