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Senadores já ameaçam atrasar sabatina de indicado de Lula ao STF

Ameaça de senadores de segurar a sabatina tem como alvo principal a possível indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF por Lula

atualizado

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Jefferson Rudy/Agência Senado
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1 de 1 imagem colorida do plenário do Senado - Metrópoles - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Antes mesmo de Lula anunciar seu escolhido, um grupo de senadores de centro já ameaça segurar até outubro a sabatina do jurista que será indicado pelo presidente para substituir o ministro Ricardo Lewandowski no STF.

A ameaça tem como alvo principal a possível indicação do advogado Cristiano Zanin, considerado hoje o favorito para a vaga. Zanin é advogado pessoal de Lula, o qual defendeu durante a Lava Jato e a campanha eleitoral de 2022.

Caso Zanin seja mesmo indicado pelo presidente, senadores de partidos como MDB e União Brasil avisaram a líderes do governo e à cúpula do PT que a sabatina do advogado deve ficar para depois de outubro.

Naquele mês, Lula terá de indicar um segundo nome ao Supremo. Dessa vez, para a vaga da atual presidente da Corte, ministra Rosa Weber, que completará 75 anos de idade e se aposentará compulsoriamente.

Olho na segunda vaga

Ao segurar a análise do nome de Zanin no Senado, o objetivo dos parlamentares é justamente tentar influenciar na escolha de Lula para essa segunda vaga de Rosa Weber.

A sabatina dos indicados para o STF acontecem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Atualmente, o colegiado é presidido pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Governista, Alcolumbre defende a indicação para o Supremo do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão, atual corregedor nacional de Justiça.

Alcolumbre, vale lembrar, tem “recall” em segurar sabatina de indicados ao STF. No governo Bolsonaro, o senador atrasou em quatro meses a sabatina de André Mendonça na CCJ, comissão que também presidia à época.

Sem pressa

A vaga de Lewandowski está aberta desde o dia 11 de abril, quando ele se aposentou da Corte. O ministrou deixou o Supremo um mês antes de completar 75 anos de idade, quando teria de se aposentar compulsoriamente.

Em café da manhã com jornalistas em 6 de abril, Lula afirmou que não tinha “pressa” em escolher. “Não tem data, não tem mês, não tenho pressa de escolher”, afirmou o petista.

Como a coluna noticiou na terça-feira (19/4), Lula só deve anunciar seu escolhido após retornar da viagem que fará a Portugal e Espanha. O petista embarca nesta quinta-feira (20/4) e só volta na próxima semana.

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