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SUS até hoje não recebeu vacinas prometidas por Wizard e Luciano Hang

Cem dias após sanção de lei, SUS não obteve nenhuma dose do setor privado; empresários bolsonaristas prometeram 10 milhões

atualizado

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Luciano Hang e Carlos Wizard
1 de 1 Luciano Hang e Carlos Wizard - Foto: Divulgação

Cem dias após o Brasil autorizar a compra e doação de vacinas ao SUS pelo setor privado, nenhuma dose foi repassada ao governo federal. Em março, os empresários bolsonaristas Carlos WizardLuciano Hang prometeram a Paulo Guedes doar 10 milhões de imunizantes.

A única doação recebida pelo Ministério da Saúde foi do Comitê Olímpico Brasileiro, para imunizar os atletas e auxiliares que irão às Olimpíadas de Tóquio em julho. A pasta obteve 12 mil doses da Coronavac e 4 mil da Pfizer.

Essa lei foi sancionada por Jair Bolsonaro em 10 de março, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O texto aprovado pelo Congresso determinava que todas as doses adquiridas pelo setor privado fossem doadas ao SUS durante a vacinação dos grupos prioritários. Depois da imunização dos prioritários, as empresas ainda teriam de enviar ao governo metade das doses compradas.

Duas semanas depois, Luciano Hang e Carlos Wizard foram a Paulo Guedes anunciar uma promessa ambiciosa: doar 10 milhões de doses. Guedes ficou animado: “Dois empresários, dois brasileiros de coração macio, força e capacidade. Empreendedores, sabem negociar, conseguiram essas 10 milhões de vacinas, estão lá fora esperando para trazê-las. Agora, imagine cem empresários. Seriam 500 milhões de vacinas”. Até agora, tudo ficou só na palavra.

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