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Após multa do STF, Daniel Silveira transferiu R$ 100 mil para a mulher

Ministro Moraes cobrou depoimento e bloqueou conta da advogada Paola da Silva; defesa diz que transferência é legal e isenta de pena

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ)
1 de 1 Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado Daniel Silveira transferiu R$ 100 mil para a mulher, a advogada Paola da Silva, no mês passado, um dia depois de ter sido multado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida fez o ministro determinar que a conta da advogada fosse bloqueada, e que Paola da Silva prestasse depoimento à Polícia Federal. A defesa do parlamentar alegou nesta quarta-feira (8/6) que a transferência é legal por envolver marido e mulher, além de cliente e advogada.

As informações constam de um documento protocolado há pouco no STF pela advogada de Daniel Silveira, Mariane Andréia Cardoso. Cardoso pediu que Moraes cancele o bloqueio da conta da advogada e mulher do deputado bolsonarista.

Em 3 de maio, Moraes multou em R$ 405 mil o deputado Daniel Silveira, por ter descumprido decisões do Supremo. Entre essas restrições estavam o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de participar de eventos públicos. No dia seguinte, 4 de maio, o banco Bradesco informou ao STF a transferência de R$ 100 mil entre Daniel e Paola, sua mulher.

Moraes avaliou que essa transferênia poderia significar o crime de favorecimento pessoal. A defesa de Daniel Silveira, contudo, alegou ao Supremo que esse artigo do Código Penal prevê que cônjuges e outros parentes ficam isentos de punição. Além disso, a defesa do bolsonarista escreveu que o repasse poderia ser de honorários advocatícios, na medida em que Paola também consta como advogada de Daniel Silveira no STF.

Depois desse episódio, Moraes multaria Silveira outras vezes. Atualmente, o bolsonarista soma uma multa de pelo menos R$ 645 mil. Silveira é alvo de seis medidas cautelares ordenadas por Moraes: a proibição de falar com outros investigados; usar redes sociais; dar entrevistas; viajar para fora de Brasília e Rio de Janeiro; participar de eventos públicos; e circular sem a tornozeleira.

 

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