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Exclusivo: oito viadutos correm o risco de desabar como o do Eixão

Relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal aponta que estruturas precisam de reparos urgentes, pois podem ruir

atualizado

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JP Rodrigues/ Metrópoles
Viaduto do Eixo L na altura da 203 204 Sul
1 de 1 Viaduto do Eixo L na altura da 203 204 Sul - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

Menos de um ano após a queda do viaduto sobre a Galeria dos Estados, no Eixão Sul, o Governo do Distrito Federal (GDF) continua tratando com descaso a manutenção de pontes e viadutos na capital do país. Depois do acidente, previsível e já alertado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), a Corte encarregou-se de nova inspeção em todas obras analisadas em relatório divulgado em 2012.

O resultado desta nova análise é devastador: apenas três construções de um total de 11 pontes e viadutos passaram por reformas. Todos os outros ainda correm o risco de ruir e concretizar uma tragédia anunciada.

Foram identificados problemas graves e semelhantes aos que levaram ao chão o viaduto no coração da capital do país, no dia 6 de fevereiro de 2018, como oxidação da estrutura, armação exposta, fissuras, trincas, marcas de infiltração e aberturas nas juntas de dilatação.

Precisam de reparos urgentes: as pontes do Bragueto, Costa e Silva e das Garças; as tesourinhas do Eixo L na 203/204 Sul (foto em destaque), 215/216 Sul e 215/216 Norte; e as do Eixo W na 115/116 Norte. Também no Eixo W, há necessidade de restaurações no viaduto sobre a via N2.

Confira a situação de cada uma das estruturas:


Ponte do Bragueto

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Ponte Costa e Silva

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Ponte das Garças

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Tesourinha do Eixo L na 203/204 Sul

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Tesourinha do Eixo L na 215/216 Sul

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Tesourinha do Eixo L na 215/216 Norte

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Tesourinha do Eixo W na 115/116 Norte

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Viaduto no Eixo W sobre a N2

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O viaduto sobre a Galeria dos Estados saiu da lista de estruturas em situação crítica por já ter desabado. Apenas dois elevados receberam reparos: os da DF-002, sobre a via S2 e na saída do Buraco do Tatu.

Além da avaliação técnica, o relatório aponta a inércia do governo diante do risco iminente de colapso das estruturas.

Confira:
Para a presidente do TCDF, conselheira Anilcéia Machado, a “omissão na conservação desses bens públicos pode vir a acarretar prejuízos enormes”. E completou: “Portanto, investir em obras de recuperação é uma forma de garantir não só a economia de recursos públicos mas a segurança dos cidadãos”.

Anilcéia destacou que a Corte tem realizado inspeções periódicas para atualizar e detalhar o estado das pontes e dos viadutos do Distrito Federal. “O objetivo principal dessa fiscalização é prover informações que possam subsidiar uma política efetiva e constante de manutenção corretiva e também preventiva”, explicou.

A arte interativa abaixo traz o comparativo entre os dois relatórios (clique nos dois últimos quadros).

O outro lado
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) informou que lançou, há cerca de 20 dias, procedimento licitatório para a revitalização de dois viadutos localizados sobre a via N2 – um deles está na lista dos que precisam de reparos urgentes.

De acordo com o órgão, o valor estimado para a realização das obras é de R$ 7.782.838,03. Segundo a estatal, o procedimento licitatório deverá ser executado ainda neste ano.

“A Novacap tem realizado acompanhamento constante das pontes e dos viadutos sob sua responsabilidade. Ainda neste ano, deve ser lançado edital para manutenção e recuperação dos viadutos que compõem as tesourinhas das asas Sul e Norte”, informou a companhia, em nota.

O texto destaca ainda que “existem cadastradas mais de 40 obras de arte especiais só na região central de Brasília. Algumas foram recuperadas ao longo dos últimos anos, outras estão em obras ou em fase de licitação. As demais foram vistoriadas e devem sofrer algum tipo de intervenção, de acordo com o grau de deterioração encontrado”.

O órgão também informou que, apesar de não constar na lista de estruturas vistoriadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, a Ponte JK passará por reparos em breve. “O procedimento licitatório foi retomado. O TCDF havia suspenso a referida concorrência e, após o encaminhamento dos esclarecimentos pertinentes, a Corte autorizou a continuidade. Foi estimado o valor de R$ 30.831.369,20 para a realização de serviços na Ponte JK, com previsão de término em 18 meses, a partir da data de início”, diz trecho do comunicado da Novacap.

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