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Saiba quem é Daniel Silveira, deputado preso por ordem de Moraes

Policial militar e parlamentar, Silveira vive uma vida de polêmicas com publicações políticas nas redes sociais

atualizado

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O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na noite dessa terça-feira (16/2) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, é conhecido por colecionar polêmicas envolvendo temas políticos desde que iniciou sua carreira na Câmara dos Deputados, em 2018.

O deputado foi preso após publicar um vídeo, nessa terça-feira, com ataques ao ministro do STF Edson Fachin. Silveira ainda enaltece o Ato Institucional nº 5, o AI-5, e diz: “Vocês deveriam ter sido destituídos do posto de vocês e uma nova nomeação, convocada e feita de 11 novos ministros, vocês nunca mereceram estar aí e vários também que já passaram não mereciam. Vocês são intragáveis, inaceitáveis, intolerável Fachin”, disse o deputado.

Além da mais recente polêmica, Silveira ficou conhecido no primeiro turno da campanha de 2018, quando ajudou a quebrar uma placa de rua feita em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em 14 de março daquele ano com seu motorista, Anderson Gomes.

Quem é Daniel Silveira?

Policial por sete anos, ele admitiu em entrevista à revista Piauí ter matado ao menos 12 pessoas, “mas dentro da legalidade, sempre em confronto”. Além de PM, o deputado é professor de muay thay e se define nas redes como “policial militar, conservador, bacharelando em direito, deputado federal, totalmente parcial e ideológico”.

Ele foi eleito ao cargo de deputado com 31.789 votos. Silveira busca associar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seguindo, inclusive, a mesma bandeira do chefe do Executivo: “Política de tolerância zero contra criminosos, aumentando penas para crimes hediondos e contra a administração pública, especialmente a corrupção”, diz em seu site, incluindo ainda a “defesa da família”.

Ainda antes de tomar posse, Silveira virou assunto novamente ao ameaçar investigar o Colégio Estadual Dom Pedro 2º, em Petrópolis (RJ), por supostamente ensinar “marxismo cultural” aos alunos. O processo cível movido pela direção da escola resultou em sua primeira queixa-crime no Supremo.

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Outras polêmicas

Em maio de 2020, Silveira retornou aos sites de notícias ao ser citado como propagador de fake news no inquérito que apura a divulgação de notícias falsas no Supremo. Um mês depois, apareceu como suspeito em outro inquérito, agora acusado de incentivar manifestações de rua que pediam o fechamento do STF e do Congresso.

Enquanto isso, o ministro Luiz Fux analisava uma outra notícia-crime contra o deputado, dessa vez apresentada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que o acusava de fazer apologia ao crime. Ela se referia a um vídeo em que ele ameaça “descarregar a arma” em “comunista” que tentar agredi-lo durante as manifestações antifascistas.

As polêmicas na vida de Silveira não param apenas na política: o deputado esteve próximo de ser expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro por ataques feitos nas redes sociais. Quando ainda soldado da PM, ele foi alvo de um processo disciplinar por sua conduta no Facebook.

No processo, ele foi acusado de usar sua página nesta rede social para propagar conteúdos ofensivos.

A investigação sobre Daniel Silveira foi revelada pelo site The Intercept Brasil. De acordo com sua ficha disciplinar, o então soldado tinha “mau comportamento” no trabalho, “ficando cristalina sua inadequação ao serviço policial militar”. Segundo os documentos, Silveira sistematicamente usava as redes sociais para propagar ataques.

A lista de transgressões o rendeu prisões administrativas, reunindo 60 sanções disciplinares. Ele chegou a ter carteira funcional e porte de armas retirados pela PM durante o processo.

Prisão de Silveira

O STF vai analisar nesta quarta-feira (17/2) a decisão liminar proferida pelo ministro Alexandre de Moraes que determinou prisão do deputado federal. A liminar concedida por Moraes será o primeiro item da pauta de julgamentos.

Silveira foi preso em flagrante sob alegação de crime inafiançável. Os demais 10 ministros do Supremo vão analisar se a liminar poderia ou não ser concedida. O magistrado também determinou que o YouTube bloqueie imediatamente o vídeo de Silveira da plataforma, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

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