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Bolsonaro fala em tirar recursos da saúde ou educação para absorventes

Presidente disse que, se Congresso derrubar veto à lei que previa distribuição gratuita de absorventes, vai ter que retirar de

atualizado

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1 de 1 absorventes - Foto: Pixabay

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou neste domingo (10/10) a possibilidade de derrubada do veto à distribuição de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O mandatário afirmou que, se o veto aplicado por ele for rejeitado, tornando necessária a aplicação da lei, os recursos terão que sair da saúde ou da educação.

“Faltam meios até para o ‘auxílio-modess’, né? Se eu pudesse, eu assinaria, sancionaria. Não posso fazer demagogia no tocante a isso. Lamento quem tem dificuldade para comprar isso. Se o Congresso derrubar o veto, a gente vai tirar da saúde ou da educação. De um dos dois vai tirar e vai ser bem mais de R$ 100 milhões”, disse Bolsonaro em entrevista à imprensa em Guarujá, onde passa o feriado prolongado.

“Espero que não falem que estou tirando da saúde ou da educação. Eu estou tirando para o ‘auxílio-modess’ ali, vamos assim dizer. Até porque, realmente, entendo a situação de dificuldade de muitas crianças e mulheres que vivem na linha da pobreza”, prosseguiu.

No veto, o chefe do Executivo federal alegou que o projeto de lei aprovado pelo Congresso contrariava o interesse público, “uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino. Ademais, não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”.

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou na última sexta-feira (8/10) que o veto à distribuição de absorventes pelo SUS tem grandes chances de ser revertido.

“O Congresso está pronto para contribuir com o governo nas soluções de cunho fiscal, mas considero desde já que esse veto é candidatíssimo a ser derrubado”, afirmou Pacheco, em seu perfil no Twitter.

Bolsonaro em Guarujá

Bolsonaro chegou à Baixada Santista na noite de sexta-feira (8/10), depois de participar da 1ª Feira Brasileira do Nióbio, em Campinas (SP).

Como de costume, o presidente está hospedado na instalação militar do Forte dos Andradas. A expectativa é a de que o presidente passe o feriado prolongado no litoral e só retorne a Brasília na terça (12/10) ou quarta-feira (13/10). Bolsonaro não tem compromissos oficiais para os próximos dias. Ele está acompanhado de alguns assessores e de dois dos cinco filhos: o vereador Carlos e a filha Laura.

No sábado (9/10), o mandatário saiu de carro da instalação militar e fez a travessia entre Guarujá e Santos de balsa, onde tirou fotos com apoiadores. De Santos, ele seguiu para Peruíbe, onde foi até a feira montada em frente a rodoviária da cidade e comeu pastel com caldo de cana.

No passeio pela cidade, o presidente causou aglomerações e tirou fotos com apoiadores. Nas imagens compartilhadas pelas redes sociais, ele não aparece de máscara em nenhum momento. A prefeitura de Peruíbe o multou em R$ 500 por não utilizar o equipamento facial.

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