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Bolsonaro defende Mendonça após críticas por voto contra Silveira

Presidente afirmou que o ministro indicado por ele ao STF é “uma pessoa de princípios” e está ao lado do Brasil

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fotografia colorida com dois homens se abraçando. Do lado esquerdo, o ministro do STF André Mendonça. À direita, presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Fotografia colorida com dois homens se abraçando. Do lado esquerdo, o ministro do STF André Mendonça. À direita, presidente Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do ministro André Mendonça, o último indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo voto proferido no julgamento do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Mendonça recebeu críticas de bolsonaristas por ter votado pela condenação de Silveira, mas propondo uma pena menor. Ele acompanhou parcialmente o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, mas sugeriu uma pena mais branda para Daniel Silveira, de 2 anos e quatro meses em regime aberto e uma multa de R$ 91 mil.

“Ele foi criticado bastante no voto dele, mas aos poucos o pessoal vai entendendo o que realmente aconteceu naquela sessão”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Metrópole FM, de Cuiabá (MT), nesta sexta-feira (29/4).

“Pode ter certeza: o André Mendonça é uma pessoa de princípios, uma pessoa religiosa, de família, conversador, tem uma bagagem cultural enorme. É uma pessoa que nós trabalhamos muito para ele conseguir aquela cadeira no Supremo Tribunal Federal. E tenham certeza: é um homem que está ao lado do Brasil, ao lado do povo e ao lado da família”, prosseguiu o mandatário.

Depois de muito ser cobrado por simpatizantes ao governo, o ministro foi até as redes sociais justificar o voto a favor da condenação do deputado. Para o magistrado, o parlamentar teve um “comportamento que incita violência”.

“Diante das várias manifestações sobre o meu voto ontem, sinto-me no dever de esclarecer que: como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas”, disse Mendonça em uma publicação no Twitter.

O jurista completou a justificativa dizendo que não pode “avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja” e que “há formas e formas de se fazerem as coisas”.

Mendonça finalizou citando a parábola do trigo e do joio, contada por Jesus Cristo no Novo Testamento: “E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”.

Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e nove meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa de R$ 192,5 mil e a inelegibilidade. Dos 11 ministros que compõem a Corte, apenas Kassio Nunes Marques votou contra a condenação do parlamentar.

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