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Após voto contra Silveira, Mendonça vira traidor para bolsonaristas

Ministro do STF votou a favor da condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB) a inegibilidade, 8 anos e 9 meses de prisão e multa

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Hugo Barreto/Metrópoles
O ministro do STF, André Mendonça, em sua sabatina no Senado. Ele fala num microfone, olhando para frente e usando terno - Metrópoles
1 de 1 O ministro do STF, André Mendonça, em sua sabatina no Senado. Ele fala num microfone, olhando para frente e usando terno - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Meses depois de ter sua posse no Supremo Tribunal Federal (STF) comemorada por bolsonaristas, o ministro “terrivelmente evangélico” André Mendonça passou a ser alvo de ataques de grupos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no Telegram, inconformados com seu voto favorável à condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB).

No julgamento realizado nessa quarta-feira (20/4), André Mendonça foi o terceiro a votar, acompanhando parcialmente o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Apesar de votar pela condenação do parlamentar, o ministro indicado por Bolsonaro sugeriu uma pena mais branda para Daniel Silveira, de 2 anos e 4 meses em regime aberto e uma multa de R$ 91 mil.

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Após o voto contrariando interesses de bolsonaristas que pediam a absolvição de Daniel Silveira e contavam com votos favoráveis de Mendonça e Kassio Nunes Marques, dois ministros indicados por Bolsonaro ao STF, o ex-ministro da Justiça passou a ser alvo de duras críticas no Telegram, um dos redutos de bolsonaristas nas redes sociais.

“Que grave ameaça seu terrivelmente corporativista?”, dizia uma das publicações compartilhadas, em referência à explicação de André Mendonça durante o voto. Ele considerou as atitudes de Silveira uma “grave ameaça”. “André Mendonça, filho da puta, deu uma facada pelas costas de (sic) cada brasileiro. Usou o nome de Jesus Cristo, o filho do Deus vivo, para chegar onde chegou, para agora fazer a vontade do demônio”, disse uma integrante do grupo Censura Livre.

Daniel Silveira (PTB) foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa de R$ 192,5 mil e a inelegibilidade. Dos 11 ministros que compõem a Corte, apenas Kassio Nunes Marques votou contra a condenação do parlamentar.

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