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Alcolumbre sobre fundo eleitoral contra Covid-19: “Demagogia”

Presidente do Senado tem se recusado a pautar matérias que destinem recursos do fundo ao combate ao novo coronavírus

atualizado

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Pressionado por alguns senadores a dar andamento a projetos que destinam os R$ 2 bilhões em recursos do fundo eleitoral ao combate ao novo coronavírus, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reagiu chamando a proposta de “demagogia”. Para ele, o dinheiro é fundamental para financiar o sistema democrático brasileiro.

“Como presidente do Senado e chefe de poder, vou me manter nessa linha de respeito às instituições. Me comprometi, nessa função importante que exerço, a defender a democracia, as instituições e os brasileiros. Todos nós lutamos para que tivéssemos a possibilidade de exercer o direito do voto. Eu vou continuar trabalhando para defender a democracia e vou respeitar aqueles que defendem a demagogia”, disparou.

O democrata disse que quase R$ 500 bilhões já foram previstos para socorro à população e às empresas afetadas pela pandemia.

Antes, o líder do Governo Jair Bolsonaro (sem partido) no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), ecoou as críticas: “Eu sei que na opinião pública isso tem sempre uma repercussão apaixonada, mas a gente precisa respeitar a legislação, que diz que qualquer mudança em relação ao calendário eleitoral precisa ser feita com um ano de antecedência”.

“Todas essas matérias que vêm questionar o fundo eleitoral – que é de R$ 2 bilhões, para financiar a democracia, como o senhor disse – não pode ser comparado ao esforço que a União está fazendo para o combate ao coronavírus. Só as medidas que o governo já está implementando significam mais de R$ 246 bilhões. É preciso que haja maturidade e que a gente não faça disso uma disputa política”, pontuou Bezerra.

Na segunda-feira (13/04), Alcolumbre já havia defendido o fundo eleitoral como maneira de financiar a democracia, após provocação do senador Major Olímpio (PSL-SP), que quis incluir a medida na Proposta de Emenda à Constituição 10/2020, a chamada PEC do Orçamento de Guerra.

Depois de o relator da matéria retirar a emenda no substitutivo que apresentou, Major Olímpio disse que a derrota era uma “vitória do sistema”. “Esses R$ 2 bilhões vão para os partidos políticos e o povo que se dane. Se depender desse dinheiro ir para a saúde pública, vai morrer todo mundo”, disparou.

Outros parlamentares do Podemos, como Lasier Martins (RS), Eduardo Girão (CE) e Oriovisto Guimarães (PR), e do Cidadania, como Alessandro Vieira (SE), também têm defendido propostas do tipo.

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