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“Não tem orientação nenhuma”, diz Moro sobre mensagens com Dallagnol

Diálogos vazados nesse domingo (09/06/2019) mostram o ex-juiz dando instruções a Dallagnol referentes à Operação Lava Jato

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Moro em seminário sobre fake news
1 de 1 Moro em seminário sobre fake news - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a afirmar, nesta segunda-feira (10/06/2019), que não viu nada demais nas informações trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, no âmbito da Lava Jato. Sobre a veracidade das mensagens, o ex-juiz alegou não ter registro delas.

No final desse domingo (09/06/2019), o site The Intercept Brasil publicou três reportagens que apontam uma série de mensagens privadas trocadas entre o então juiz da Lava Jato e o coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol. “Os procuradores da Lava Jato falavam abertamente sobre seu desejo de impedir a vitória eleitoral do PT e tomaram atitudes para atingir esse objetivo”, revela a reportagem.

“Na verdade, já me manifestei ontem [domingo], não vi nada demais ali nas mensagens”, afirmou Sergio Moro, na manhã desta segunda, durante coletiva de imprensa em Manaus (AM). “O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores. Para mim, esse é um fato bastante grave ter havido essa invasão e divulgação, e, quanto ao conteúdo, no que diz respeito a minha pessoa, não vi nada demais.”

Em seguida, o atual ministro da Justiça reforçou não haver “nenhuma orientação” nas mensagens trocadas com procuradores da Lava Jato. “Nem posso dizer que são autênticas, porque, veja, são coisas que aconteceram, se aconteceram, há anos atrás. Não tenho mais essas mensagens, não guardo essas, não tenho registro disso. Agora, ali não tem orientação nenhuma.”

Por fim, Moro ainda pontuou que a relação entre ele e os procuradores não influenciou “de forma alguma” o desfecho do julgamento do ex-presidente Lula. “Veja, os juízes conversam com procuradores, juízes conversam com advogados, juízes conversam com policiais, isso é algo normal.”

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