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Mourão: “Se protesto era sobre educação, por que tinha Lula livre?”

À imprensa, vice disse que o Brasil não corre risco de sofrer uma jornada de manifestações, como em 2013, com Dilma Rousseff

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Sessão do congresso Nacional 30 anos da constituição. Brasília(DF), 06/11/2018
1 de 1 Sessão do congresso Nacional 30 anos da constituição. Brasília(DF), 06/11/2018 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), reafirmou, nesta sexta-feira (16/05/19), sua opinião de que, apesar de ser favorável à existência de manifestações sociais, houve “exploração política” nos protestos contra os cortes de 30% na educação realizados na quarta (15/05/2016). Ainda, ele avaliou que não há o risco de uma repetição das jornadas de manifestações contra o governo, como ocorreu em 2013, e persistiu até o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

“Protesto é uma forma que a sociedade tem de se expressar e expressar o seu desencanto com coisas que estão acontecendo. Agora, houve exploração política. Se o protesto era contra a educação, por que tinha Lula livre? O Lula já foi condenado em três instâncias, então esse pacote já virou”, destacou.

Mourão disse ainda que há um interesse particular das centrais sindicais, que não concordaram com as restrições impostas por Bolsonaro na arrecadação deles, como o impedimento de desconto em folha de funcionários pelas entidades.

Pela manhã, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que só viu faixa “Lula Livre” nas imagens das manifestações. Nesta quarta-feira (15/05/19), o chefe eleito disse que apenas “idiotas úteis” participaram dos protestos.

Jornada de protestos
Questionado se o governo Bolsonaro correria o risco de sofrer uma jornada de grandes manifestações populares, como ocorreu entre 2013 e 2016 contra Dilma Rousseff, ele disse que não acredita, por avaliar que o ocorrido na quarta-feira trata-se de uma “coisa pontual”. Para ele, a medida que a população puder ver os acertos do governo, como a reforma da Previdência, haverá um maior apoio das decisões.

“Foi uma coisa pontual. A medida que todas as decisões que o governo for tomando e, principalmente, tenho certeza que vai ser aprovada a nova Previdência no final de julho e agosto, vai mudar as expectativas econômicas”, afirmou. Segundo Mourão, com a Previdência, os recursos vão voltar para as universidades e outras áreas com contingenciamento. “A vida vai voltando”, completou.

O presidente Mourão reafirmou, porém, que há a necessidade de explicação por parte do governo sobre os seus rumos. “Está havendo uma desinformação nessa história toda. Contingenciamento de recursos houve ao longo de todo esse período, acho que tem que ser mostrado o quanto que ocorreu em anos anteriores”, disse.

O presidente reforçou a ideia de que o governo precisa melhorar a comunicação para evitar desentendimentos por parte da população e se ver obrigado a lidar com protestos. “Isso aí a gente vai ter que discutir e chegar à conclusão de que quando formos informar alguma coisa temos que informar de forma objetiva, e não subjetiva”, disse.

Mourão sairá do Brasil rumo à China às 15h desta quinta-feira. Com Bolsonaro nos Estados Unidos, quem assumirá a presidência será o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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