STF adia julgamento sobre operações policiais em comunidades do Rio
O ministro Alexandre de Moraes pediu mais tempo para analisar o tema, que ganhou força após a morte de 28 pessoas no Jacarezinho
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou, nesta segunda-feira (24/5), o julgamento de um recurso sobre a realização de operações policiais em comunidades no Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19. O ministro Alexandre de Moraes pediu vista – ou seja, mais tempo para analisar o caso.
O tema estava sendo debatido no plenário virtual e estava previsto para terminar na sexta-feira (28/5). Na semana passada, o relator, ministro Edson Fachin, foi o primeiro a votar. Não há data para a retomada da análise.
O recurso foi apresentado pelo PSB e por organizações de direitos humanos, que tentam conseguir novas medidas, além da decisão que restringiu o uso de helicópteros nas ações e fixou regras para incursões próximas a escolas durante a pandemia.
A ação pede ainda que o STF mande o governo estadual elaborar um plano de redução da letalidade policial.
Fachin determina, em seu voto, diversas medidas para reduzir a letalidade das operações e também quer que o Ministério Público Federal (MPF) investigue suposto descumprimento das restrições impostas a operações policiais. Ele foi o único a apresentar voto.
O entendimento do ministro é estendido à operação na favela do Jacarezinho, no último dia 6, apontada como a mais letal da história do Rio de Janeiro. A ação da Polícia Civil deixou 28 mortos – entre os quais um policial.