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CNJ suspende apuração sobre juíza que citou raça em sentença

Corregedoria de Justiça do Paraná aguarda manifestação da magistrada para dar sequência ao processo

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Delgatti
1 de 1 Delgatti - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) suspendeu, por 60 dias, o processo que apura a conduta da juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba (PR), que citou a raça de Natan Vieira da Paz, de 48 anos, negro, ao condená-lo a 14 anos de prisão.

O CNJ determinou, na última quarta-feira (12/8), que a Corregedoria-Geral da Justiça do Paraná investigue o caso. Segundo o Tribunal de Justiça do estado (TJPR), a corregedoria aguarda a manifestação da defesa prévia da magistrada para dar sequência ao processo. Ela tem 30 dias.

A magistrada, que escreveu na peça que o homem “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça”, terá suas sentenças revisadas por uma força tarefa da Defensoria Pública do Paraná. Ela pediu “sinceras desculpas” após o caso repercutir.

“Peço sinceras desculpas se de alguma forma, em razão da interpretação do trecho específico da sentença, ofendi a alguém”, disse. Em seguida, afirmou que a frase foi retirada de “um contexto maior” e que a condenação foi feita com base em provas.

Além de Natan, outras oito pessoas foram sentenciadas por praticar furtos e golpes conhecidos como “saidinha de banco” em Curitiba.

Veja trecho do processo:

Fls. 109_110 by Tácio Lorran on Scribd

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