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Bolsonaro pede antecipação do julgamento de denúncia por racismo

Audiência no STF está marcada para 4 de setembro, quando a propaganda eleitoral já será veiculada no rádio e na televisão

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A defesa do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, pediu nesta quarta-feira (22/8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a antecipação do julgamento da 1ª Turma da Corte, que vai decidir se recebe ou não uma outra denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por crime de racismo.

O julgamento está marcado para o dia 4 de setembro, quando a propaganda eleitoral já será veiculada no rádio e na televisão. “O país não para por causa de campanha eleitoral. A Justiça continua normalmente”, declarou à imprensa o presidente da 1ª Turma, ministro Alexandre de Moraes, ao chegar para a sessão plenária do STF nesta tarde.

A defesa de Bolsonaro quer que o caso seja discutido pelos ministros já na terça-feira da semana que vem (28), quando está prevista a próxima sessão da 1º Turma do STF.

Os cinco ministros da Turma vão decidir se o parlamentar se torna réu ou não pelas acusações de ofensas praticadas contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Além de Moraes, integram o colegiado os ministros Marco Aurélio Mello (relator do inquérito), Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.

Expressões discriminatórias
De acordo com denúncia apresentada em abril pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em 2017, o deputado federal, em pouco mais de uma hora de discurso, “usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”.

Na denúncia, Raquel Dodge avalia a conduta de Bolsonaro como ilícita, inaceitável e severamente reprovável. “A conduta do denunciado atingiu bem jurídico constitucionalmente protegido e que transcende a violação dos direitos constitucionais específicos dos grupos diretamente atingidos com suas manifestações de incitação ao ódio e à discriminação para revelar violação a interesse difuso de toda sociedade, constitucionalmente protegido”, escreveu a procuradora.

Acionada pela reportagem, a assessoria de Bolsonaro não havia se manifestado até a publicação deste texto.

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