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Alexandre de Moraes determina que Marcos Do Val preste depoimento à PF

Depoimento será colhido pela PF no âmbito da investigação sobre atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes

atualizado

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Valdemar terá encontro com Alexandre de Moraes
1 de 1 Valdemar terá encontro com Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (2/2) que a Polícia Federal (PF) interrogue o senador Marcos do Val (Podemos-ES) na condição de testemunha. O depoimento será colhido no âmbito da investigação que apura os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Após a autorização do ministro, o depoimento foi marcado e ocorrerá nesta quinta-feira às 14h00. O local da oitiva será no edifício sede da PF, em Brasília.

Marcos Do Val alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou “coagi-lo” a dar um golpe de Estado para seguir no comando do Executivo.

“Diante das informações prestadas e da necessidade de maiores esclarecimentos, defiro o requerimento e determino à Polícia
Federal que proceda à oitiva do senador Marcos do Val, no prazo máximo de cinco dias”, diz o despacho.

Veja a coletiva de Marcos do Val:

Entenda o caso

O senador acusa Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira de arquitetarem um plano para reverter a derrota do ex-presidente nas últimas eleições de 2022. No ano passado, Bolsonaro perdeu no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou ao Palácio do Planalto após 12 anos.

O plano de Bolsonaro e Silveira consistia, segundo o parlamentar, em escolher um senador que estivesse disposto a levar um grampo ao gabinete de Moraes e fazer o ministro do STF admitir algum tipo de intervenção ilegal no processo eleitoral com o objetivo de beneficiar o então candidato Lula.

Vale lembrar que Moraes também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Porém, a suposta coação também foi negado pelo próprio senador. Nas redes sociais, ele havia dito que houve uma “tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto a ele”.

Nesta manhã, o senador mudou a versão e disse que o ex-presidente teria ficado calado durante toda a reunião e responsabilizou Silveira pelo plano, garantindo, ainda, que denunciou tudo ao ministro Alexandre de Moraes.

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