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Caso Neymar: “Queria fazer escândalo”, diz ex-advogado sobre mulher

José Bueno Filho explicou por que deixou de representar a suposta vítima, que acusa o jogador de tê-la estuprado

atualizado

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Reprodução/Instagram
Neymar Jr.
1 de 1 Neymar Jr. - Foto: Reprodução/Instagram

O advogado José Edgard da Cunha Bueno Filho negou ter divulgado os prints de uma conversa com a mulher responsável por acusar o jogador Neymar Jr. de estupro. As imagens foram exibidas nessa segunda-feira (03/06/2019), durante o Jornal Nacional. Nesta terça (04/06/2019), em conversa com Sonia Abrão, do programa A Tarde É Sua, Bueno explicou por que deixou de representar a suposta vítima.

“Ela estava abalada emocionalmente e queria tomar atitudes mais ríspidas. Essas mensagens não foram divulgadas por mim. Foram conseguidas pelo repórter. Minha postura profissional é evitar exposição midiática”, declarou. “Ela estava muito agressiva e foi o que causou o término dessa relação”, completou.

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Ao vespertino, disse ainda: “Ela estava completamente abalada e me acusou de ter recebido dinheiro da parte contrária para abandonar o caso. Logo na sequência, renunciei o caso e nunca mais falei com ela […] Ela queria tomar uma medida rápida e fazer um escândalo”.

Agressão

Em reportagem exibida pelo Jornal Nacional, Bueno Filho informou que a mulher supostamente fez sexo consensual com Neymar, descartando a possibilidade de estupro, como ela o havia denunciado. Porém, o jogador a teria agredido. O advogado afirmou à emissora que ressaltou à cliente que a mudança da história poderia configurar denunciação caluniosa. Ele diz que abandonou o caso pelo fato de, entre outros pontos, ter sua ética profissional colocada em dúvida pela cliente.

O Jornal Nacional também mostrou diálogos por WhatsApp entre a mulher e Bueno Filho em que ela estaria irritada com a demora para fazer a denúncia. “Por que a gente não joga logo na mídia para acabar a carreira desse pipoqueiro logo de vez? Estou com raiva. Deveria tê-lo matado quando tive chance”, teria reclamado a autora da denúncia, que, em outro trecho do diálogo, chega a dizer que iria acionar o PCC [organização criminosa Primeiro Comando da Capital] contra o jogador.

O profissional disse a ela para ter calma, que o melhor era buscar um acordo. Um dos argumentos de defesa de Neymar é ter recebido uma tentativa de extorsão de um advogado para não levar o caso adiante. O pai do jogador não divulgou o nome de quem teria feito o pedido de dinheiro.

Neymar é investigado, em São Paulo, depois que uma mulher o denunciou por um estupro que teria acontecido no Hotel Sofitel Paris Arc de Triomphe, em Paris. Em depoimento que durou mais de três horas, de acordo com o boletim de ocorrência (BO) obtido pelo Metrópoles, ela afirmou que, “aparentemente embriagado”, o jogador a forçou a ter uma relação sexual.

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