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Caso Dom e Bruno: Rosa Weber vai a Tabatinga em missão do CNJ

A presidente do CNJ estará em Tabatinga (AM), em 20/3, para missão envolvendo comunidades indígenas do Alto Solimões e do Vale do Javari

atualizado

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Imagem colorida da minista Rosa Weber no plenário do STF - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da minista Rosa Weber no plenário do STF - Metrópoles - Foto: Fellipe Sampaio/STF

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, vai a Tabatinga (AM), na próxima segunda-feira (20/3), para uma missão envolvendo as autoridades locais e as comunidades indígenas do Alto Solimões e do Vale do Javari.

A ministra participará de diálogos com lideranças indígenas, representantes do Poder Judiciário e outros atores do sistema de Justiça local, incluindo os encaminhamentos do caso do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Também haverá adesão do Judiciário do Amazonas ao Pacto Nacional do Judiciário pelos Direitos Humanos, assim como lançamento do Escritório Social de Tabatinga, espaço de multisserviços para atendimento a pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares.

Rosa Weber ainda participa da cerimônia de lançamento dos cartazes Audiência de Custódia para o povo Tikuna (Alto Solimões), na Câmara Municipal de Tabatinga.

Assassinato

O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira foram assassinados no Vale do Javari (AM), em junho de 2022.

Veja cronologia dos fatos:

  • 5 de junho (domingo): Dom e Bruno viajavam juntos para que o jornalista realizasse entrevistas para um livro que escrevia, sobre a preservação da Amazônia. Eles foram vistos pela última vez na comunidade ribeirinha São Rafael, pela manhã, e saíram em direção ao município de Atalaia do Norte. O caminho pelo rio Itaquaí duraria cerca de duas horas. No mesmo dia, as equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados.
  • 6 de junho (segunda-feira): Univaja emite comunicado oficial em que informa o desaparecimento. A operação começa a ser montada com equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Exército.
  • 8 de junho (quarta-feira): a força-tarefa prende o primeiro suspeito de envolvimento no crime, o “Pelado”.
  • 12 de junho (domingo): uma semana depois do desaparecimento, mochilas com os pertences pessoais das vítimas foram encontradas. A polícia já havia encontrado, também, vestígios de sangue no barco de Pelado.
  • 14 de junho (terça-feira): Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos” e irmão de Amarildo, é o segundo preso sob suspeita de também estar envolvido no desaparecimento.
  • 15 de junho (quarta-feira): depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno.
  • 16 de junho (quinta-feira): corpos chegam a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade.
  • 18 de junho (sábado): polícia prende terceiro suspeito, Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha. PF afirma que “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.
  • 19 de junho (domingo): Polícia informa ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres.

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