A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (18/6), Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha. Ele é suspeito de ter envolvimento nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, na terra indígena Vale do Javari. A informação foi confirmada pela coluna com fontes da corporação.
O suspeito se entregou ao saber que estava sendo procurado pelo crime. Um quarto homem também é procurado. Duas pessoas já estão presas pelos assassinatos: os irmãos Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, e Oseney da Costa de Oliveira, ou Dos Santos.

Os restos mortais atribuídos ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram a Brasília nesta quinta-feira (16/6)Igo Estrela/Metrópoles

Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho, no Vale do Javari, no AmazonasIgo Estrela/Metrópoles

Após mais de uma semana de buscas, um dos suspeitos do crime confessou a execução e levou as autoridades até o local onde os corpos foram enterradosIgo Estrela/Metrópoles

Já em Brasília, os restos mortais vão ser submetidos a períciaIgo Estrela/Metrópoles

Ao menos cinco pessoas são investigadas por suposto envolvimento nas mortes. Além dos irmãos presos, um terceiro teria auxiliado na execução; outro, na ocultação dos corpos; e o quinto seria o mandanteIgo Estrela/Metrópoles

A PF continua as buscas pelo barco em que estavam Dom e BrunoIgo Estrela/Metrópoles
Sem mandantes
A PF informou nessa sexta-feira (17) que as investigações sobre a morte do jornalista e do indigenista levantaram indicativos da participação de mais pessoas nos assassinatos.
Entretanto, a corporação afirma que “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou a versão anunciada pela Polícia Federal de que não há mandante. “O requinte de crueldade utilizado na prática do crime evidenciam que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou a todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, frisou nessa sexta, em nota, a Univaja.
Para a entidade, o posicionamento da Polícia Federal “desconsidera as informações qualificadas” oferecidas pela associação.
Desde o segundo semestre de 2021, de acordo com a Univaja, ofícios apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes na reserva do Vale do Javari.
A Univaja afirma que os dois principais suspeitos de envolvimento no assassinato, os irmãos Pelado e Dos Santos, fazem parte desse grupo criminoso.
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