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Bolsonaro diz que 62% da energia já foi restabelecida no Amapá

Presidente usa suas redes sociais para anunciar ajuda ao Estado, mas é muito cobrado por internautas

atualizado

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GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3).
1 de 1 Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3). - Foto: GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Enviados especiais a São Paulo (SP) e Macapá (AP) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está usando suas redes sociais desde a noite de sexta (6/11) para anunciar a ajuda do governo federal ao Amapá – estado que ficou às escuras ainda no dia 3 de novembro, depois que um incêndio causado por um raio danificou uma subestação de energia. Neste sábado (7/11), Bolsonaro anunciou que 62% da energia no Amapá já foi reestabelecida.

A equipe do Metrópoles enviada ao Amapá registrou neste sábado a chegada das primeiras aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) ao estado para auxiliar no reestabelecimento de energia elétrica nos municípios afetados pelo apagão.

No total, 13 dos 16 municípios do estado foram atingidos. Cerca de 89% da população – de 765 mil pessoas – não têm eletricidade. O governo estadual decretou situação de calamidade na quinta-feira (5/11).

No Twitter, Bolsonaro disse que os aviões da Força Aérea levaram geradores e equipamentos. De acordo com a FAB, os geradores vão chegar ainda na noite deste sábado ao estado. A expectativa é que eles auxiliem também os hospitais.

Críticas

Nas respostas à postagem do presidente, além de muitas provocações por causa da derrota de Donald Trump na eleição do Estados Unidos, aliado de Bolsonaro, o presidente está enfrentando muitas críticas de internautas pela demora na resposta à catástrofe no Amapá.

A situação começa a caminhar para a normalização, mas as consequências são graves.

Com o apagão, supermercados perderam carnes e outros alimentos que necessitam de refrigeração. Caixas eletrônicos ficaram deligados. No aeroporto, local onde geradores fazem o abastecimento, os equipamentos estão sem cédulas. Relatos de falta de água para beber ocorrem em várias partes do estado.

Durante a madrugada e a manhã deste sábado, o fornecimento de energia foi retomado na maior parte dos bairros da capital, Macapá, e em algumas áreas de Santana, na Região Metropolitana de Macapá.

O Ministério de Minas e Energia informou que conseguiu conectar a rede do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Já a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) anunciou que vai ter rodízio de energia para atender os habitantes.

Na sexta (6/11), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que a energia no estado deve ser reestabelecida em até 10 dias.

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