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Bolsonaro diz que luz voltará para atender “60% das necessidades” do Amapá

Já são quatro dias sem luz em 13 das 16 cidades do estado. Segundo o presidente, a água voltou e os hospitais estão com energia

atualizado

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Alan Santos/PR
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que uma equipe faz manutenção em um transformador no Amapá para restabelecer o fornecimento de energia no estado. Desde terça-feira (3/11), 13 cidades, onde vivem 780 mil pessoas, sofrem com um blecaute.

A expectativa do presidente era de que 60% das necessidades de energia elétrica do Amapá seriam atendidas até a meia-noite dessa sexta-feira (6/11), o que não aconteceu.

Neste sábado (7/11), o fornecimento de energia foi retomado em bairros da Zona Sul, Norte e região central de Macapá, e ainda em outras áreas do município de Santana. No entanto, a Zona Oeste da capital ainda segue sem energia. No Conjunto Macapaba, na Zona Norte, o serviço voltou no início da manhã, mas foi suspenso novamente.

“No momento, nossa equipe está fazendo a filtragem do ar contaminado que refrigera o terceiro transformador. Aproximadamente 46 mil litros, que será concluído ainda hoje”, afirmou Bolsonaro, em vídeo divulgado nas redes sociais, por volta das 23h de sexta.

 

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“[Com] o óleo estando em condições após o teste, o transformador será posto em funcionamento, que entrará em operação paulatinamente. Dessa forma, em torno de 60% da necessidade do estado deverão ser atendidas até as 24 horas de hoje [sexta-feira]”, disse.

Durante o dia, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, havia dito que levaria 10 dias até que o serviço de distribuição de energia elétrica completamente restabelecido.

Segundo Bolsonaro, a água voltou e os hospitais estão com energia. “A gente espera que, no espaço de tempo o mais breve possível, toda essa questão energética seja restabelecida no nosso estado do Amapá”, afirmou.

Nessa sexta, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou no Macapá com equipamentos a serem usados na manutenção do único transformador que restou na principal subestação do estado atingida por um incêndio.

Colapso

Com o apagão, supermercados perderam carnes e outros alimentos que necessitam de refrigeração. Caixas eletrônicos estão deligados. No aeroporto, local onde geradores fazem o abastecimento, os equipamentos estão sem cédulas.

O apagão foi resultado do incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3/11). Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as chamas provocaram um desligamento automático das linhas de transmissão no trecho Laranjal/Macapá, assim como das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.

A situação causou uma interrupção de 250 MW de carga, afetando o fornecimento de 13 dos 16 municípios. A situação não atinge apenas os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.

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A situação é caótica de tal forma que o comércio não tem mais geradores de eletricidade para vender. Mesmo com a disponibilidade, Macapá e outras cidades não têm Diesel para alimentar o funcionamento do equipamentos.

 

Nas cidades afetadas pelo apagão, as pessoas estão “acampadas” na beira de rios pra tomar banho e se refrescar. Após quatro dias de colapso, o maior desespero é pela compra de gelo para conservar alimentos em casa.

As causas do incêndio estão sendo investigadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo ONS.

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