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Bolsonaro critica “indústria da demarcação” de terras indígenas

O presidente estabeleceu que o vice-presidente, Hamilton, Mourão, será responsável pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro no Alvorada
1 de 1 Jair Bolsonaro no Alvorada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Na cerimônia de assinatura do decreto que transfere o Conselho Nacional da Amazônia Legal para a vice-presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou do que chamou de “indústria da demarcação de terras indígenas”, que, segundo ele, começou quando o então presidente Fernando Collor (hoje senador pelo Pros de Alagoas) deu uma ordem para que o Ministério da Justiça destinasse uma área equivalente a dois estados do Rio de Janeiro para 9 mil índios ianomâmis.

Segundo Bolsonaro, a Amazônia possui “uma tabela periódica inteira” em seu subsolo, que “deve ser explorado”. O presidente relembrou a situação vivida em seu primeiro mandato como deputado federal, em 1992, quando se opôs à decisão do governo e saiu derrotado na Comissão de Defesa Nacional.

“Eu, obviamente, como parlamentar, entrei com um projeto de decreto legislativo contra a entrega daquela imensidão aos índios. Deixo bem claro que ninguém é contra dar a devida proteção e terra aos nossos irmãos índios, mas, da forma como foi feito, hoje reflete 14% do território nacional, o que é um tanto quanto abusivo”, reclamou.

O chefe do Executivo federal citou como exemplo a dificuldade do escoamento da produção no estado de Mato Grosso, onde há indígenas de varias etnias. “Para escoar a produção, você tem que fazer um zigue-zague porque não pode passar em cima de terras indígenas. Eu ouso dizer que essa nossa preocupação fez com que fosse deflagrada uma indústria da demarcação. Hoje, temos o estado de Roraima todo tomado e isso existe no Brasil todo.”

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