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Após ministério ser fatiado, letreiros de R$ 138 mil vão para o depósito

Ministério comandado por Marcos Pontes gastou em autopromoção com sinais de metal em plena pandemia e tirou painéis ao perder Comunicação

atualizado

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Reprodução/Processo Iphan
MCTic
1 de 1 MCTic - Foto: Reprodução/Processo Iphan

Em um período durante o qual Brasília guardou inúmeras medidas de isolamento social, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação (e Comunicações, até junho) gastou R$ 138 mil em uma ação de autopromoção com letreiros de lata em uma Esplanada dos Ministérios esvaziada. Após a divisão da pasta, cujo “C” de Comunicações foi entregue para o Centrão, as letras de 1,5 metro voltaram para os depósitos.

O custo do letreiros que ficaram expostos na frente das duas sedes do ministério comandado por Marcos Pontes na Esplanada foi revelado pelo Metrópoles em maio, após consulta via Lei de Acesso à Informação, porque o órgão se negou a divulgar o dado.

A reportagem voltou a questionar a pasta após a divisão dos ministérios, que impossibilitou a continuidade da utilização do letreiro porque o “C” está soldado ao “I”, como mostra a foto que ilustra esta reportagem.

A assessoria de comunicação informou, então, que “os letreiros tinham prazo determinado para ficarem expostos nas parte externa da sede do MCTI na Esplanada dos Ministérios, conforme autorizado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Superado o prazo, as peças foram recolhidas para reutilização em futuras ações de divulgação do ministério”.

Segundo os documentos que constam no processo que correu no Iphan, porém, a pasta pediu e conseguiu prazo até 15 de agosto de 2020 para manter as letras e banners na fachada dos prédios, sob a justificativa da comemoração dos 35 anos do órgão.

Em ofício enviado ao Iphan em 27 de março, a chefe da assessoria especial de Assuntos Institucionais da pasta enviou ofício pedindo que a autorização inicial de permanência dos letreiros (dois meses a partir de 15 de março) fosse ampliada. E deu justamente a pandemia de coronavírus como justificativa, pois “foi necessário o adiamento das ações”.

Veja o documento:

Pedido do ministério para manter letras até 15 de agosto, que foi concedido

Em junho, porém, veio a divisão dos ministérios. E os letreiros não foram mais vistos. Veja como está a fachada da pasta atualmente e como era com os letreiros que custaram R$ 138 mil:

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No prédio que ocupa na parte Sul da Esplanada, o ministério de Marcos Pontes divide espaço com o Desenvolvimento Regional, que ganhou as letras “MDR” de “presente” enquanto os letreiros estiveram expostos. A pasta, porém, não teve participação na iniciativa nem ajudou a pagar por ela.

As letras foram produzidas, ainda de acordo com a pasta na resposta ao pedido vai LAI, pela empresa Movimento Gráfica, “que possui contrato para fornecimento de produtos gráficos junto ao MCTIC”.

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