Amanhã, passados 1.461 dias, exatos quatro anos, continuará sem resposta a pergunta que ecoa no mundo, e não só no Brasil: quem matou e quem mandou matar no dia 14 de março de 2018 a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes?
Os dois foram assassinados a tiros no centro do Rio. O crime ainda não foi desvendado, embora por ele estejam presos como suspeitos o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que juram ser inocentes.
O Ministério Público do Rio suspeita que o mandante do crime foi o ex-vereador Cristiano Girão ou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão. Girão é ligado a milícias e está preso; Brazão responde a processo por obstrução da Justiça.
As famílias de Marielle e de Anderson dizem ter perdido a esperança no esclarecimento do crime. Segundo a quarta edição da pesquisa Onde Mora a Impunidade, do Instituto Sou da Paz, apenas 44% dos homicídios no Brasil são esclarecidos.
As unidades da Federação que mais solucionam homicídios são Mato Grosso do Sul (89% do total), Santa Catarina (83%) e Distrito Federal (81%). As que menos, Paraná (12%), Rio de Janeiro (14%) e Bahia (22%).
