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Moro insiste em cantar o samba de uma nota só contra a corrupção

Outras notas poderão entrar, mas a base é uma só

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
sp sergio moro
1 de 1 sp sergio moro - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-juiz Sérgio Moro parece não ter jeito. Se seu objetivo fosse só tomar votos de Bolsonaro para impedi-lo de se reeleger, tudo bem que insistisse com o discurso puramente lavajatista. O país agradeceria, e até Lula que o detesta acima de tudo.

Mas se o objetivo for tomar o lugar de Bolsonaro no segundo turno da próxima eleição presidencial, com tal discurso repetido outra vez em sua visita à Paraíba, ele só irá mais cedo para casa. Ou então mudará de rota para candidatar-se ao Senado.

As pesquisas de intenção de voto coincidem em apontar o desemprego e a fome como os assuntos que mais chamam a atenção dos brasileiros desde o início de uma pandemia que volta a recrudescer. Combate à corrupção está em baixa.

Moro deve saber disso. Mas seja porque se acostumou, ou porque não tem o que propor capaz de diferenciá-lo de Bolsonaro e de Lula, insiste em cantar o samba de uma nota só. Se tivesse carisma ou se pelo menos o tom de sua voz ajudasse, mas nem isso…

Recepcionado com vaias e insultos ao desembarcar em João Pessoa anteontem, ele disse que tudo não passou de ação paga por seus adversários. Em entrevista a uma rádio local, criticou o Supremo Tribunal Federal por ter anulado as condenações de Lula.

Negou ter sido um juiz parcial como o tribunal disse que foi. E defendeu a criação de uma corte especial para julgar casos de corrupção e o fim do foro privilegiado para políticos. De novidade, que é contra a reeleição. Não fez sucesso. E assim não fará.

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