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Cozinheiro é preso por reclamar de ter de cozinhar para Bolsonaro

Segurança do presidente cancela evento em hotel de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e cozinheiro pode perder o emprego

atualizado

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Reprodução
Hotel Spa do Vinho
1 de 1 Hotel Spa do Vinho - Foto: Reprodução

A pacata cidade de Bento Gonçalves, a 121 quilômetros de Porto Alegre, foi sacudida, na manhã da quinta (8), pela notícia de que agentes federais prenderam um funcionário do Hotel Spa do Vinho, onde o presidente Jair Bolsonaro era esperado nesta sexta (9).

Eduardo Lazzari, cozinheiro do hotel, tão logo soube que cozinharia para Bolsonaro, escreveu nas redes sociais: “Vou ter que cozinhar para este diabo ainda, que raiva”. Foi o que bastou para ser preso e o evento, no hotel, cancelado por razões de segurança.

Mais tarde, depois de depor e de ser liberado, ele pediu desculpas públicas pela reclamação que fez, saiu das redes sociais, mas já era tarde. A dona do hotel, que mora em Santa Catarina, está a caminho de Bento Gonçalves. Lazzari foi suspenso por três dias.

Na internet, o post do cozinheiro bombou. E, na Câmara, o deputado bolsonarista Bilbo Nunes (PSL-RG) subiu à tribuna para denunciar, com ar grave, uma “ameaça de morte a Bolsonaro”, atribuindo-a a “um numeroso grupo de pessoas”.

Bolsonaro está no Rio Grande do Sul para participar, amanhã, de mais uma passeata de motociclistas que defendem sua reeleição. Neste momento, visita a Vinícola Miolo, em Bento Gonçalves. Agentes federais investigam autores de comentários nas redes.

Um deles, também de Bento Gonçalves, de nome Evandro Prezzi, escreveu a propósito da reclamação do cozinheiro:

– Ah, se eu fosse o cozinheiro!

Outro comentarista acrescentou:

– Testa se ele é imorrível.

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