Articulando para 2024, mas de olho em 2026, o PL quer testar o poder de influência de Jair Bolsonaro nas duas capitais mais importantes do país: São Paulo e Rio de Janeiro. O plano do partido é eleger até mil prefeitos no ano que vem, mas a cúpula entende que só o resultado dessas duas cidades demonstrarão a real força do ex-presidente.

O apoio a Ricardo Nunes (MDB) é praticamente certo. Na última semana, Bolsonaro esteve com o atual prefeito de São Paulo um dia depois de o PT oficializar o apoio à candidatura de Guilherme Boulos (Psol). O ex-militante do MTST foi o deputado federal mais votado em 2022 no Estado de São Paulo, com mais de 1 milhão de votos.

No Rio de Janeiro, o PL ainda avalia qual general será o candidato à prefeitura. Pazuello e Braga Netto disputam a vaga, mas o último tem mais chances justamente porque a palavra final sobre o Rio será a de Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto diz que quer manter a maior bancada da Câmara dos Deputados e eleger, pelo menos, 8 novos senadores em 2026. Bolsonaro seria peça determinante para esses objetivos, já que está inelegível até 2030.

No entanto, para congressistas do PL, o mau momento de Bolsonaro tem que acabar “o quanto antes”. O ex-presidente tem aparecido muito nas páginas policiais, com seu suposto envolvimento com o plano golpista de Silvinei Vasques na PRF, por exemplo.

Os casos Carla Zambelli (PL-SP), joias sauditas e o do relógio Rolex são ainda lembrados apenas neste mês.