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MST começou a ocupar terras bem antes do esperado pelo governo

Movimento nunca esteve tão próximo de Lula, que espera não ter dor de cabeças com esse aliado

atualizado

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Reprodução / MST
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1 de 1 mst-ocupa-quatro-fazendas-bahia - Foto: Reprodução / MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, começou a sua temporada de invasões de propriedades rurais bem antes do esperado pelo governo.

Nunca antes Lula chegou ao poder com tamanha proximidade com esse que é um dos principais movimentos sociais do país. Essa simpatia mútua sempre existiu.

Essas ocupações de terras da empresa Suzano, na Bahia, estão longe de ser um “abril vermelho”, mês que o movimento tradicionalmente mais invade fazendas. Até porque abril ainda não chegou.

Dirigentes do MST participaram ativamente da eleição de Lula, estiveram quase que diariamente na sede da transição no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e influenciaram na escolha do ministro do Desenvolvimento Agrário, o deputado Paulo Teixeira.

Este blog chegou a noticiar a presença do principal líder do MST, João Pedro Stédile, nos corredores do CCBB. O movimento teve também atendida a reivindicação de transferir a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) do Ministério da Agricultura para o MDA.

O MST, seus dirigentes e o governo sabem bem do ainda receio da sociedade com o movimento e também da turma do agronegócio. Nos anos Bolsonaro, seus integrantes foram tratar de produzir muito e abasteceram o país com seus alimentos, hoje vendido em feiras país afora. Com o país armado por Bolsonaro, os sem-terra desaceleram as ocupações.

A pendência da primeira invasão parece resolvida. Neste terceiro mandato, Lula está mais pragmático e não gostaria de ter dor de cabeça com um aliado tão próximo como o MST. O governo, em pouco tempo, já viu que seus desafios não serão pequenos.

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