O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) tentou formar uma base de apoio em uma reunião na Primeira-Secretaria da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23/5).

O congressista cassado pediu uma reunião com o primeiro-secretário Luciano Bivar (União Brasil-PB) e convidou outros deputados para apoiá-lo. A ideia era apresentar “indícios” de que o seu caso pode representar um precedente perigoso. Ninguém respondeu ao seu chamado.

Um dos deputados convidados foi Alfredo Gaspar (União Brasil-AL). Sua assessoria disse que o congressista só soube da reunião em cima da hora e não pôde participar. Ele é um dos integrantes da CPI do MST, que realizou sua primeira sessão hoje. 

As tentativas de Deltan Dallagnol em buscar apoio na Mesa Diretora da Câmara são consideradas por seus integrantes como inúteis, já que o colegiado apenas atua de forma administrativa em sua cassação. Quem decide de fato, agora, é o Supremo Tribunal Federal. E lá, Dallagnol não deve ter sucesso.

No STF há três ministros que votaram por sua cassação unânime no Tribunal Superior Eleitoral (Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes). Em teoria, Dallagnol já sairia perdendo.

A assessoria de Deltan Dallagnol disse que a agenda do ex-deputado foi extensa na Câmara nesta terça-feira (23/5), mas não detalhou os compromissos. Disse que o ex-procurador da Lava Jato se reuniu com os “líderes”.

Mais cedo, a Corregedoria da Câmara notificou o ex-deputado à revelia no Diário Oficial da União depois de três tentativas presenciais. O procedimento padrão é apenas para que ele apresente sua defesa, sem influenciar na perda do mandato.