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Com Lula de volta, MST fala pela primeira vez em “ocupar latifúndios”

Numa carta ao povo brasileiro, o documento critica o agronegócio e o uso do agrotóxico nas plantações

atualizado

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Divulgação – MST
Encontro do MST
1 de 1 Encontro do MST - Foto: Divulgação – MST

No seu primeiro encontro desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) definiu suas diretrizes para 2023.

O MST diz que contribuiu para a vitória de Lula, “arrancada” nas ruas e nas urnas e que sua eleição derrotou o avanço da extrema direita, a tutela militar e o projeto fascista.

Num texto ao povo brasileiro, batizada “Carta de Luziânia”, cidade de Goiás a 50 quilômetros de Brasília, o movimento critica o agronegócio, que precisa ser enfrentado,  e que “concentra terras, destrói a natureza, promove o desmatamento e nos envenena com agrotóxicos”. E diz ainda que esse modelo não paga impostos e produz apenas ‘commodities’ e não alimenta o povo.

O texto tem 57 linhas e, no seu final, o MST volta a defender a ocupação de terras como uma saída para a reforma agrária.

“Viva a luta por Reforma Agrária Popular! Viva o direito legítimo dos povos em ocupar os latifúndios e romper as cercas da destruição. Seguiremos pisando ligeiro, rumo aos 40 anos do MST” – diz

O encontro reuniu cerca de 400 integrantes do movimento, que completou 39 anos de existência.

O MST anuncia na carta que irá acumular forças no próximo período, através da articulação entre as organizações populares do campo e da cidade, “entendendo que sem organização, formação e mobilização não haverá nenhuma mudança verdadeira no país”.

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