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Celebração não garante fim da ideia de explorar petróleo na Amazônia

Evento de ontem no Planalto marcou um forte compromisso de Lula com Marina Silva, mas risco ainda existe

atualizado 06/06/2023 0:54

Presidente Lula e a Ministra Marina Silva mostra livro durante em ceriro mônia de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Salão Nobre do Palácio do Planalto - metrópoles Vinícius Schmidt/Metrópoles

O evento que celebrou o Dia do Meio Ambiente ontem, no Palácio do Planalto, virou uma demonstração dos compromissos de Lula com sua antiga amiga e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 

Há menos de uma semana, sua pasta passou por um duro ataque do Congresso, que tirou poderes de seu ministério e aprovou projeto que fragiliza a proteção da Mata Atlântica.

Lula ontem não só vetou essas mudanças na lei desse bioma como criou parques e ampliou dimensão de unidades de conservação.

Mas apesar das medidas anunciadas e do fortalecimento dos laços de Marina com Lula não está garantido que não haverá exploração de petróleo na chamada Foz do Amazonas, ainda que há 500 quilômetros da margem do rio.

O presidente da República não deixou isso explícito. Falou, sim, da necessidade de expansão de uma indústria vinculada à biodiversidade, como cosméticos a partir da flora daquela região.

O risco ainda existe e é grande. A Petrobras está de olho, boa parte do governo também e muita gente no Congresso Nacional. Disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que a atual composição do parlamento não nutre simpatias pela causa ambiental.

Lula deu um grande passo no compromisso com a biodiversidade, mas não se comprometeu completamente.

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