Ricardo Noblat

Perfil

Charges

Artigos

Enquetes

Frases do dia

Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 17 5 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Lula está politizando ou não a ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul debaixo d&#8217;água? Respostas de 3.846 leitores:<br />
Está, sim &#8211; 27,6%<br />
Não está &#8211; <strong>72,4%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-2"></div></div></p>

lula0k3-1024×640

O que faz Lula?

<p><i>“[Vou responder as críticas] com trabalho, espírito público e compromisso com o Rio Grande do Sul. Não me preocupo com as críticas, são compreensíveis. Cada uma mede a conduta dos outros pela sua régua”.</i> (<b>Paulo Pimenta</b>, PT, ministro do Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Ministro da Secom, Paulo Pimenta, fala a jornalistas que não haverá mudanças no arranjo ministerial ministério turismo 5

Frase do dia

Evandro Éboli

<p>Para buscar fugir do cerco que está se fechando, <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> foi aconselhado ontem a retornar ao Brasil em &#8220;grande estilo&#8221;, como se fosse &#8220;um daqueles exilados políticos&#8221; na abertura democrática do país.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>&#8220;Aconselhei a ele voltar em grande estilo. Está provado e demonstrado que o povo não o abandonou. Temos certeza que ele retornará no braço das pessoas, como aquelas imagens dos exilados políticos, voltando ao Brasil depois do exílio. Só que bem mais gente que aquilo&#8221; &#8211; disse ao Blog do Noblat um dos mais próximos políticos ao ex-presidente, que conversou ontem com Bolsonaro, e pediu anonimato.</p>
<p>Sobre qual foi a resposta do Bolsonaro:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p>&#8220;Ficou de pensar&#8221;.</p>
<p>Bolsonaro quer primeiro ver o que ocorrerá com Anderson Torres, que deverá retornar ao Brasil neste final de semana, e está com pedido de prisão decretada por Alexandre de Moraes. Desde ontem, o ex-presidente passou a ser investigado por possível incitação aos atos terroristas do domingo passado, em Brasília.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

<p>Alan Santos/PR</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

bolsonaro avião

Moraes acata pedido da PGR e inclui Bolsonaro no inquérito de atos antidemocráticos

Após pedido da PGR, advogado diz que Bolsonaro repudia atos de vandalismo

PGR pede ao STF que Bolsonaro seja investigado por atos antidemocráticos

Bolsonaro muda bio nas redes e passa a se identificar como 38º presidente

Bolsonaro é aconselhado a voltar ao Brasil “como um exilado político”

avatar-noblat

noblat

Aliado sugeriu a ex-presidente a retornar ao Brasil nos &#8220;braços do povo&#8221;, como reação ao cerco que está se fechando

Bolsonaro é aconselhado a voltar ao Brasil “como um exilado político” | Metrópoles

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">O pior conselho que me deram foi pôr sempre &#8220;talvez&#8221; antes de uma afirmação – porque pode não ser verdade e pode haver quem discorde.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O propósito de escrever não é que concordem connosco: é que leiam o que escrevemos.</p>
<p style="font-weight: 400;">O resto é acessório.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Se ficaram a pensar, se acharam graça, ou se concordam ou discordam – isso já é secundário e já não é connosco.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ia eu escrever &#8220;talvez o pior conselho de sempre é viver cada dia como se fosse o último&#8221;.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Talvez porquê? Porque não tenho a certeza? Mas desde quando é que é preciso ter a certeza para dizer qualquer coisa?</p>
<p style="font-weight: 400;">O pior conselho de sempre é &#8220;vive cada dia como se fosse o último&#8221;.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ou cada Verão, considerando que há sempre um último Verão e nós só raramente sabemos qual é.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Viver cada dia como se fosse o primeiro também é um mau conselho, não só porque é impossível de seguir, mas porque os primeiros dias não são particularmente bons – se é que nos lembramos deles.</p>
<p style="font-weight: 400;">Já deve haver um azulejo ou cartaz a parecer bordado, que combina os dois maus conselhos num único ainda pior: &#8220;Vive cada dia como se fosse o primeiro e o último.&#8221;</p>
<p style="font-weight: 400;">Nos muitos anos que tenho dedicado ao assunto, ocasionalmente incentivado por um susto ou dois, cheguei à conclusão de que a melhor maneira de viver é – surprise, surprise! – a mais difícil de todas: é viver distraído, e distraidamente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Distrai-se bem quem não pensa em durações e longevidades, em probabilidades de repetição e de segundas oportunidades, em renascenças e remodelações.</p>
<p style="font-weight: 400;">Quem vive cada dia como se fosse o último vive na exuberância do desespero, e na vã tentativa de conquistar a angústia através do exagero forçado da actividade.</p>
<p style="font-weight: 400;">Digam o que disserem, o não ter nada para perder confunde-se muito com o estar à beira de perder tudo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Viver distraidamente é pensar em tudo menos na vida.</p>
<p style="font-weight: 400;">Há um bom teste para detectar quem vive assim: quando se diz a um felizardo que não se esqueça de que vai morrer, ele fica triste.</p>
<p style="font-weight: 400;">E diz, até, que nunca tinha pensado nisso. Abrir portas onde se erguem muros.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
														<script type="text/javascript">
															window._taboola = window._taboola || [];
															_taboola.push({
																mode: "rec-reel-2n5-a",
																container: "taboola-mid-article-reco-reel",
																placement: "Mid Article Reco Reel",
																target_type: "mix"
															});
														</script></div>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p>


Homem caminhando

Cada dia como mais um dia (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p style="font-weight: 400;">A tragédia do Rio Grande do Sul é possivelmente um dos maiores desastres ecológicos com água ocorridos na história mundial, após os dilúvios possivelmente ocorridos a partir do degelo da era glacial, mencionados em diversas antigas escrituras.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O mundo está se deteriorando.</p>
<p style="font-weight: 400;">A tragédia do Rio Grande do Sul, no mesmo espaço de tempo, é acompanhada por dois outros desastres ecológicos simultâneos, o dos múltiplos tornados nos Estados Unidos em fenômeno atípico, e o da aurora boreal que atinge latitudes mais ao sul, em uma ameaça ao planeta.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os tornados são a conjunção do encontro abrupto de frentes frias e frentes quentes, que geram o movimento giratório, cada vez mais intensos com o aquecimento global. Nesta semana passada nos Estados Unidos, o país foi atingido por cerca de 100 tornados reportados em 18 estados, fato inédito, incluindo os estados mais ao norte, com maior intensidade, como em Wisconsin.</p>
<p style="font-weight: 400;">A aurora boreal, criada pela refração dos raios solares no campo magnético da terra, mediado pela atmosfera, pode ser entendido como o limite entre o escudo terrestre e de seu desastre, que se esparrama na diminuição de suas defesas, no arbítrio apocalíptico do amanhã. A aurora boreal é circunscrita à latitude de 60 a 75 graus, tendo chegado nesta semana passada aos estados de Indiana, Ohio e Califórnia, em latitude de 40 graus. Os raios solares, uma vez mais penetrantes na terra, geram distúrbios eletrônicos nos sistemas de energia e de comunicação, com o apagão do sistema elétrico na Suécia e na África do Sul, como ocorrido neste último episódio.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O mundo sempre comemora o aumento do PIB, de US$ 97 trilhões em 2020 para US$ 101 trilhões em 2022, com má distribuição de renda e aumento da poluição. O homem tem que decidir entre produzir mais ou sobreviver, em uma equação perversa entre o desenvolvimento e a crise ambiental. Mas como isso poderia ocorrer, sem consenso social? E diante de recursos escassos, aumenta a possibilidade de guerras, com a eclosão apocalíptica da ameaça nuclear, onde tudo se desfaz de em sonhos de outrora. A destruição deverá ocorrer segundo uma curva logarítmica, que cresce significativamente em seu início, se estabilizando em seu futuro próximo, em um patamar de horror.</p>
<p style="font-weight: 400;">Estamos caminhando para a beira do abismo, onde o homem terá que decidir o seu destino.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;"><em>Ricardo Guedes é formado em Física pela UFRJ e Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
</p>

Situação de Canoas após as tempestades no Rio Grande do Sul - Metrópoles

Moradores e voluntários ajudam nas buscas no bairro de Canoas. Viaduto sobre a Estação Matias Velho onde saíram os trens virou ponto apoio para embarcações dos resgate Rio grande do sul RS 4 19

A tragédia do Rio Grande do Sul (por Ricardo Guedes)

<p>É do Piauí uma nova liderança em ascensão no Brasil. Trata-se do governador Rafael Fonteles (PT), eleito em 2022 com 37 anos. Foi eleito no primeiro turno, com 57,17% dos votos válidos, liderando um amplo arco de alianças com o PCdoB, PV, MDB, PSD, Solidariedade, PSB, Pros e Agir. Uma espécie de Frente Ampla regional.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Fonteles foi eleito na trilha aberta por Wellington Dias (PT), dando seqüência a uma hegemonia política de 20 anos. Matemático com mestrado no prestigioso Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), ele articulou uma equipe de governo de alto nível e é considerado um político jovem de perfil empreendedor.</p>
<p>Suas políticas públicas têm o foco no progresso e no emprego e renda. Inspirações iluministas, dizem formadores de opinião do Piauí. Nesta toada, tem mais de 80% de aprovação. No final de 2023, pesquisa do Instituto Datamax cravou 86,79% de aprovação da sua gestão.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Sua ênfase na gestão é a criação de um estado moderno e digital. Incentiva o agronegócio na perspectiva de agregar mais valor com o estímulo às agroindústrias. O Piauí não tem tradição de indústrias e, com apenas 3,2 milhões de habitantes, tem um mercado de consumo limitado. Daí o caminho de agroindústrias para o mercado nacional e internacional – na trilha da ampla fronteira agrícola da chamada região de “Matopiba”.</p>
<p>Além da agroindústria, Fonteles mira o grande potencial de energia eólica e solar do Piauí para a produção de hidrogênio verde: foco em energia limpa e renovável, na fronteira do mundo ESG. Nestes dias, esteve na Europa para assinar Protocolos de cooperação de produção de hidrogênio verde. Mira também a exportação.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>“Fonteles pensa grande e pra frente”, me disse uma liderança de Teresina. A mesma liderança enxerga com preocupação o seu afastamento de Wellington Dias. Torce para uma reconciliação ali na frente, e não para mais uma saga do velho problema do criador e da criatura.</p>
<p>Jovem ainda na política, diz essa liderança, Fonteles vai ver que a sua hegemonia passa pela manutenção da aliança com Dias. Ainda mais porque a liderança de Ciro Nogueira estaria em declínio, segundo ele.</p>
<p>Para além do varejo político, o governador Rafael Fonteles é visto como um fenômeno político no Piauí também no meio empresarial. Conseguiu crescer eleitoralmente até em Teresina, onde o PT nunca elegeu prefeito. Agora, está refazendo alianças com o ex-governador Wilson Martins e com o PDT. Mira uma consolidação da sua hegemonia a partir das eleições de 2024, incluindo Teresina.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Arguto observador da cena política brasileira, José Dirceu esteve a poucos dias no Piauí. Lá, declarou a Tv Meio Norte que o fortalecimento das “jovens lideranças” em todo o Brasil é uma prioridade para o PT. E citou nomes como o do governador do Piauí. Além de outros jovens, como o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e o ministro Renan Filho (MDB).</p>
<p>Enfatizando que “o Nordeste tá andando”, Dirceu chamou a atenção da mídia também para outras lideranças em ascensão nacional, como Camilo Santana, Wellington Dias, Elmano de Freitas, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues. Para além do foco da grande mídia, concentrado em lideranças do sudeste e do sul do país.</p>
<p>Tudo somado, o Brasil pode estar caminhando para 2026 e 2030 – “logo ali” no tempo histórico – com boas perspectivas de renovação de lideranças políticas. A conferir.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p><strong><em>*Pós-doutor em Ciência Política pela The London School of Economics and Political Science.</em></strong></p>


Foto colorida do governador do Piauí Rafael Fonteles - Metrópoles

Com homenagem a Lula, Rafael Fonteles toma posse como governador do Piauí

Novas lideranças políticas (por Antônio Carlos de Medeiros)

<p style="font-weight: 400;"><strong>03:52</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os jornais começam a dizer que os grandes temas nacionais e o desejo do PSDB de reconquistar em 2006 a presidência da República poderão &#8220;federalizar&#8221; o debate nas grandes capitais por ocasião das eleições municipais do fim do ano. Não creio nisso.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em São Paulo, será assim. Serra deseja conferir à eleição a marca de julgamento antecipado do governo Lula. Mas nas outras grandes cidades não deverá ser assim.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No Rio, por exemplo, só derrotará César Maia quem for capaz de apresentar um projeto de governo diferente e melhor do que o dele. Isso passará por uma discussão profunda sobre os problemas da cidade &#8211; não do país.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em Salvador, onde o grupo de Antonio Carlos Magalhães (PFL) tem o prefeito de maior popularidade do país, a oposição só terá chance de vencer se convencer o eleitorado de que tem um melhor projeto para a cidade. Mais uma vez isso significará um debate municipal.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O governador Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, é muito próximo de Lula para querer estimular a &#8220;nacionalização&#8221; do debate na eleição para a prefeitura de Belo Horizonte.</p>
<p style="font-weight: 400;">O candidato mais forte à prefeitura do Recife é, por ora, o deputado Carlos Eduardo, apoiado pelo governador Jarbas Vasconcelos, do PMDB. Jarbas já foi prefeito do Recife. É o governador campeão de popularidade. Não tem porque tentar eleger seu candidato em cima das falhas do governo Lula. Não precisa disso.</p>
<p style="font-weight: 400;">A história de eleições municipais mostra que em raríssimos casos o &#8220;fator nacional&#8221; pesa e se torna decisivo. Foi assim quando Erundina (PT) se elegeu prefeita de São Paulo. Dez dias antes, o Exército invadiu a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, e matou três operários. O voto de protesto ajudou a eleger Erundina.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>15:23</strong><br />
Lula inaugurou a semana com um discurso formal lido para empresários e economistas reunidos no Rio pelo Instituto Nacional de Altos Estudos. Ficou sem graça – e a gente, sem assunto.</p>
<p style="font-weight: 400;">Para o bem ou para o mal (e não lhe desejo mal, é claro), Lula rende notícias na certa quando improvisa, dizendo o que lhe passa pela cabeça. Querem acabar com a espontaneidade dele.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Sugiro um abaixo-assinado pedindo de volta o velho e conhecido Lula a que já estávamos acostumados. Bem que ele poderia reaparecer na China, para onde irá no próximo dia 21.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lá tem comidas estranhas, bebidas fortes, protocolo rígido e banquetes intermináveis. Ou seja: ambiente favorável para que Lula faça das suas.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>

Na imagem, José Serra (PSDB) e Lula (PT), ainda presidente, conversam em meio a evento. Ambos usam terno.

foto-serra-e-lula-convsersam-2006

HÁ VINTE ANOS – Onde a eleição municipal será nacionalizada

<p style="font-weight: 400;">Faço votos para que Bolsonaro tenha de fato se recuperado e que deixe hoje o hospital em boa forma, como previsto. Foi sua internação mais longa desde a facada que levou em Juiz de Fora há cinco anos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Desejo-lhe uma saúde de ferro para que possa ser julgado, condenado e preso, se possível ainda este ano, ou, no máximo, no próximo. Deve ser angustiante viver à espera do pior. Nem ele merece isso.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O que Eduardo Leite, o aflito (e com razão de sobra) governador do Rio Grande do Sul, tem a ver com Caramelo? Como provou, Caramelo não dá um passo em falso quando está em perigo. Leite dá.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">De um Eduardo a outro: o filho Zero Três do indigitado Bolsonaro promete visitar o Rio Grande do Sul para ver com os próprios olhos se é fato ou fake o que os meios de comunicação relatam.</p>
<p style="font-weight: 400;">Busca inspiração para novos comentários.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Diz o explicador de política do jornal Estado de S. Paulo que Tarcísio de Freitas só será candidato a presidente da República em 2026 se Lula chegar até lá muito mal, derrotado de véspera.</p>
<p style="font-weight: 400;">Bem, a ser assim, eu também topo me candidatar desde que não precise disputar o primeiro turno, só o segundo. De preferência, com o apoio de todo mundo – menos daquele, você sabe quem.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div></p>

jair bolsonaro 1_resized_compressed

O que desejo para Bolsonaro

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Quem muito se expõe e acumula poder corre o risco em Brasília, mas não só aqui, de ser alvejado por uma bala perdida ou certeira. É o que deve saber, e se não souber, aprenda, Rui Costa, chefe da Casa Civil da Presidência da República, por duas vezes governador da Bahia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Ouvi de um dos seus admiradores (e eles são poucos) que Costa está se tornando o Marechal de Ferro do terceiro governo Lula. Exagero, é claro, mas exagerar ainda não é crime. Se fosse, estaria aos cuidados do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.</p>
<p style="font-weight: 400;">O alagoano Floriano Vieira Peixoto, nascido em Maceió (1834) e que morreu no Rio (1895), ficou conhecido como o Marechal de Ferro. Foi general, elegeu-se vice-presidente e assumiu a presidência com a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca, seu colega de farda.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A Constituição de 1891 dizia, no artigo 42: <em>“Se, no caso de vaga, por qualquer causa, da saída da presidência ou vice-presidência, não havendo ainda decorrido dois anos do período eleitoral, proceder-se-á a uma nova eleição&#8221;</em>. Floriano simplesmente ignorou a Constituição.</p>
<p style="font-weight: 400;">Governou com mão de ferro, enfrentou rebeliões, venceu todas elas e ajudou a consolidar a República proclamada por Fonseca, que era monarquista e amigo do Imperador Dom Pedro II. O período de governo de Floriano foi marcado pela violência e pelo personalismo em excesso.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Costa não governa, embora possa vir a ser candidato à sucessão de Lula se Lula quiser, em 2026 ou em 2030. Seu poder, portanto, é um poder delegado, como foi o de José Dirceu e o de Antonio Palocci no primeiro governo Lula, e o de Dilma Rousseff no primeiro e no segundo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lula não hesitou em guilhotinar Dirceu com o escândalo do mensalão do PT, e Palocci com o escândalo do caseiro que o viu em festas íntimas com mocinhas escolhidas a dedo por uma cafetina, e empresários interessados em fazer negócios com o governo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas, em matéria de importância, Costa está hoje para Lula como estiveram Dirceu, Palocci e Dilma no passado, e como não está, por ora, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que nem sequer foi consultado sobre a demissão recente do presidente da Petrobras.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Lula tem uma dívida impagável com Costa, porque ele desistiu de uma eleição garantida para o Senado para facilitar na Bahia a composição política que Lula queria fazer, e fez. A Bahia deu a Lula 72% dos seus votos no segundo turno. Só deu menos do que o Piauí (77%).</p>
<p style="font-weight: 400;">Não é só por isso, no entanto, que Costa está tão forte. Lula admira sua lealdade e eficiência. O ministro Alexandre Padilha é quem coordena as ações políticas do governo, mas Costa é o principal interlocutor do deputado Arthur Lira, presidente da Câmara.</p>
<p style="font-weight: 400;">Centralizador, mal-humorado e sempre disposto a enfrentar qualquer parada, Costa convenceu Lula a demitir o presidente da Petrobras. Passará por ele a indicação dos novos diretores da empresa, como já passam todas as medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A sucessão de Lira na presidência da Câmara também passará por Costa, pau para toda obra, e, hoje, um dos donos dos ouvidos de Lula; só perde para Janja. O naipe de conselheiros de Lula foi maior nos governos anteriores. Some-se a isso a solidão do poder, que é grande e sempre será.</p>


Presidente Lula ao lado do ministro da casa civil, Rui Costa

O governo de Lula conta agora com um aspirante a Marechal de Ferro

<p style="font-weight: 400;">É inegável que a ocasião faz o ladrão, mas não é a única coisa que a ocasião faz.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O argumento da tentação é moralmente duvidoso – não é só por encontrar uma carteira cheia de dinheiro que somos tentados a roubar – mas funciona, porque todos somos capazes de imaginar o ladrão preguiçoso que é incapaz de dar um passo para roubar, mas não resiste quando é Deus Nosso Senhor a pôr-lhe as pérolas da marquesa no caminho.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8220;Estava mesmo ali à mão de semear&#8221; é uma desculpa que põe os juízes de todo o mundo a bocejar. As pessoas que sorriem quando a ouvem, ou quando lêem Oscar Wilde a dizer que resiste a tudo menos à tentação, já acharão menos graça quando é o violador a dizer que a vítima estava de minissaia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas o argumento é sempre o mesmo: um homem não é de ferro e a ocasião é que faz o ladrão, pelo que, no fundo, senhor doutor juiz, a culpa não é só minha!</p>
<p style="font-weight: 400;">Na minha vida, tenho-me espantado com pessoas que, não sendo sempre maldosas, são capazes de actos de grande maldade. Se calhar, também elas não resistem à tentação de ser más. A diferença é que não podem ser apanhadas, nem apresentadas a nenhum juiz – precisamente porque só são más quando pressentem que não há maneira de serem castigadas.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Estas maldosas ocasionais são moralmente piores do que as maldosas permanentes, porque estas últimas não têm remédio e é fácil detectá-las e evitá-las.</p>
<p style="font-weight: 400;">São más quando têm a faca e o queijo na mão. Não resistem à vertigem da desigualdade. Abusam sempre que o abuso é possível – e indetectável. Isto é, abusam sempre que o abuso não impede que possam continuar toda a vida a abusar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Diriam estas pessoas, caso pudessem ser chamadas à pedra, que é a ocasião que faz a maldade? Que são como criancinhas, com a crueldade das criancinhas, mas também a inocência?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A verdade é que as ocasiões só despertam o que já lá está. Acontece a mesma coisa com o bem: há muita gente que agradece uma oportunidade de ajudar os outros. A tentação nunca tem culpa.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div></p>

a-invenção-da-maldade

A ocasião e a maldade (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Um dos estados mais ricos do Brasil, a devastação atual do Rio Grande do Sul é resultado da “ilusão da abundância”, expressão que intitula um filme (realizado por Erika Gonzalez Ramirez e Matthieu Lietaert) que mostra mulheres liderando lutas por melhor qualidade de vida em vários países. Elas se opõem a “investimentos”, mostrando os danos que causarão, e enfrentam dirigentes políticos, que os defendem com o argumento de que criarão “emprego e renda” e trarão riquezas. É a ilusão da abundância (futura!), uma das muitas que dominam o pensamento atual, de ambos os lados da radical polarização vigente. Outra ilusão é sempre louvar “mais investimentos”, sem dar detalhes destes.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O filme mostra que alguns investimentos podem ser e são nefastos para grupos de pessoas. Os prejudicados podem ser centenas ou bilhões. Diz-se que Deus e o diabo estão nos detalhes, o que se aplica também a investimentos.</p>
<p>O romancista nigeriano Chigosie Obioma defende que as raízes da polarização atual se encontram “no medo de ideias”, temor comum em ambos os polos. Trata-se da recusa em até mesmo ouvir ideias divergentes: quem se rotula de direita não ouve quem é de esquerda, e vive versa. A prática do cancelamento é forma extrema desse medo de ideias; a violência contra os divergentes é sua extrapolação.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Além do mito de se louvar o investimento sem detalhar e avaliar suas consequências, há outro: a ideia de que a abundância para todos será alcançada com mais “desenvolvimento”, igualmente nunca detalhado. Também essa ilusão é compartilhada por ambos os lados da polarização, embora divirjam quanto a como alcançá-la.</p>
<p>Tentar impedir um investimento que fragiliza encostas e impermeabiliza o fundo de vales é, dizem alguns, ser contra o “desenvolvimento”, opor-se à criação de emprego e renda! Quando vem a enchente&#8230;. e muitas mais virão, amplificadas por investimentos na extração e queima de combustíveis fósseis, afetando bilhões de pessoas!</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Compartilhar medos e objetivos é evidência de que superar a polarização é possível; tal superação é também necessária para encontrarmos soluções para os perigosos problemas globais. Acabar com o “medo de ideias” é um passo importante nessa direção. Como diz o citado Obioma, “devemos estar sempre abertos à possibilidade de mudar de ideia”, adotando uma ampla abertura mental, tanto moral quanto política, sem apego à ideologia ou dogma. Ou a ilusões.</p>
<p>Questionar cada ação, cada investimento, analisar, detalhar, perscrutar seus efeitos no longo prazo, ter abertura para ir além da simples afirmação de que gerarão “emprego e renda” é essencial, ainda que seja, também, evitado por dirigentes políticos, cegos ao longo prazo.</p>
<p>A situação atual do estado sulino mostra as consequências de se caminhar orientado pela ilusão da futura abundância, no mesmo rumo em que estamos, há décadas! Continuar com o <em>business as usual</em>, será danoso para a vida, levando-nos, a todos, ora a submergir, como no RGS, ora à completa desidratação, como recentemente na Amazônia!!!</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em><strong>Eduardo Fernandez Silva. </strong>Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados</em></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div></p>

Chuvas e inundações no Rio Grande do Sul - Metrópoles

Chuvas e inundações no Rio Grande do Sul

A ilusão da abundância (por Eduardo Fernandez Silva)

<p>Em eventos climáticos extremos, a segurança pública não está imune ao colapso. Muito pelo contrário, a depender da intensidade do desastre e do preparo das instituições da região. É comum que as autoridades inicialmente se desentendam sobre a definição de papeis no nível de ‘comando e controle’ da crise. De repente são muitos órgãos municipais, estaduais e federais atuando sobre o mesmo problema, no mesmo local e ao mesmo tempo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O estresse dos próprios agentes de segurança pode levar até ao uso excessivo da força contra a população, como aconteceu em New Orleans na passagem do Furacão Katrina. Já no Rio Grande do Sul, de uma hora pra outra, a Brigada Militar gaúcha teve que deixar suas viaturas e motos para usar dezenas de barcos e jet skis no patrulhamento das ruas, agora inundadas.</p>
<p>É normal até uma confusão de papeis entre a defesa civil, polícia, bombeiros e Forças Armadas. São inúmeras operações simultâneas de evacuação, resgate (terrestre, aéreo e aquático), combate a incêndios, transporte de equipes, alojamento, policiamento, distribuição de doações etc.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Além dos danos aos equipamentos e instalações de segurança pública, durante os desastres climáticos ocorrem saques, assaltos, furtos, desvios de recursos e mantimentos, invasões, além de fake news e corrupção de servidores públicos. Mas, tudo isso são apenas exemplos de atribulações no nível operacional.</p>
<p>Outro exemplo corriqueiro é o aumento da vulnerabilidade de mulheres e meninas em tragédias climáticas. Segundo a ONU, o risco de morte das mulheres em catástrofes ambientais é 14 vezes maior do que o dos homens.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Contudo, uma mudança do clima em escala global modifica tantos sistemas da natureza que acaba afetando também as dinâmicas econômicas, sociais ou políticas. Tais impactos têm grau estrutural e desencadeiam não só uma crise na ordem pública, mas uma transformação nos fenômenos que provocam e sustentam a criminalidade, agravada pelo aprofundamento das desigualdades sociais, porque as pessoas mais pobres têm menos capacidades de proteção e recuperação.</p>
<p>A agricultura desaparece, moradias são inviabilizadas, infraestruturas destruídas, transportes paralisados, migração em massa, patrimônio e empregos são perdidos etc. Não é à toa que o Secretário Geral da ONU fala em iminência do “caos climático” (cujos desdobramentos são imprevisíveis).</p>
<p>Acontece que o tema da mudança climática ainda é desconhecido para a gestão da segurança pública. No Brasil o Art. 144 da Constituição e a Lei 13.675/2018 que criou o Sistema Único de Segurança Pública, pouco tratam das responsabilidades em relação aos efeitos do aquecimento global. Mesmo assim, nada impede que esse fator urgente seja incorporado à implantação das recomendações atuais do SUSP, quando da criação dos Conselhos, das Políticas e dos Planos de Segurança Pública, e direcionamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Tudo isso deve funcionar de modo integrado com o restante do planejamento público, como os Planos Diretores das cidades, o Código de Uso e Ocupação do Solo, o Plano de Desenvolvimento Territorial, entre tantos outros instrumentos existentes.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong><em>Felipe Sampaio: </em></strong><em>Cofundador do Centro Soberania e Clima; membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; chefiou a assessoria especial do ministro da Defesa; dirigiu o SINESP no ministério da Justiça; foi secretário executivo de segurança urbana do Recife.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p>

Militares ajudam mulher após a enchente do Rio Guaíba inundarem as ruas da cidade de Porto Alegre no Rio grande do Sul RS - Metrópoles

Bolsonaro é aconselhado a voltar ao Brasil “como um exilado político”

Aliado sugeriu a ex-presidente a retornar ao Brasil nos “braços do povo”, como reação ao cerco que está se fechando

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar notícia

Compartilhar

Twitter

Whatsapp

Facebook

Telegram

Copiar link

Email