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O general Custer e o marco temporal jabuticaba (por Roberto Caminha)

Tio José: Índio também gosta de sal, açúcar, cachaça e tv, debaixo da casa de telha.

atualizado

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1 de 1 Indígenas - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Tio José passou a vida peregrinando pelos rios do Amazonas e negociando com caboclos e índios. Ninguém conhecia da alma do amazônida mais que o Tio José. Os kulinas, os cambebas, os muras, waimiris, atroarís, dessanas, yanomamis, os marubos e os menos conhecidos, teriam no velho regatão o seu melhor advogado. O sábio José tinha uma frase para ser soldada na Constituição, a que vai libertar os índios brasileiros do açoite dos brancos:

“Índio também gosta de sal, açúcar, cachaça e tv, debaixo da casa de telha”.

Ao sentar com os generais do exército americano para fumar o cachimbo da paz, Touro Sentado, o grande chefe sioux, disse algo para ecoar na história:

“Quando Custer ganha a batalha, é vitória; quando o índio ganha a guerra, é massacre”.

Os brasileiros adoram Miami e Disney para passar férias com seus filhos e netos. Ao estenderem o passeio até Tallahassee, capital da Flórida, os nossos garotos começam a ver os índios do cinema, dirigindo caminhonetes de três metros de altura, elevadas por pneus de dois metros. Os índios de lá, donos de suas terras, darão aulas para os nossos nanicos daqui. É na terra deles que ficam os outlets e cassinos mais sofisticados. Eles dirigem seus mustangs de aço para receberem suas participações, em dólar, todos os meses ou semanalmente. Tomam whisky escocês e comem sushi melhor que os japoneses. Seus filhos fazem as melhores faculdades e suas terras não são tão ricas como as dos nossos “desgraçados irmãozinhos”.

Índio brasileiro só vive onde a terra é boa e os rios são piscosos. Esses índios americanos, ricos e sofisticados, são aqueles cujos avós escaparam do massacre e das vitórias. Os nossos estão escapando da tuberculose, da desnutrição, da malária, da COVID-19, da sífilis, das gonorréias, da AIDS e de muitos outros massacres impostos pelo homem branco. É muito comum vermos yanomamis com olhos azuis ou verdes, gentileza de alguns enviados de Deus para a melhoria da raça. Esses brasileirinhos, em dois séculos, passarão a fazer parte dos filmes americanos e serão coadjuvantes do Fantasma e colegas do Guran… todos pigmeus.

Quanto mais o governo diz que protege os pequenos, mais eles pioram. Que coisa ruim é chegar perto de um waimiri ou atroari. Eles fedem a quilômetros. Tudo está ruim naqueles brasileirinhos. É de uma crueldade nazista vermos a televisão mostrar índios desnutridos na Amazônia. Arrancam-lhes o instinto de preservação para fazer política barata, e eles, nas cidades, viram pilhéria. Façam as reservas, como os americanos fizeram, consertem os erros mínimos dos Louros e deixem os brasileirinhos se desenvolverem. Se deixarem, os cassinos, as pescarias, os passeios no mato, as árvores serão melhor admirados, os pássaros cantarão nos nossos ouvidos, as antas não irão passear em Brasília e ficarão nas trilhas para serem melhor admiradas. Os turistas pescadores e admiradores da floresta gastarão milhões de clics nos seus celulares e ficará evidente que nenhum alemão vai querer levar um tucunaré de 8 kg para a Baviera. Até hoje, a sagrada proteção aos brasileirinhos não deu certo. A coisa está muito parecida com a superproteção do dinheiro pelo Estado socialista. Vamos experimentar a liberdade para os brasileirinhos, sem deixar os Lourinhos os escravizarem pelo Ballantine’s e pela fé.

 

Roberto Caminha Filho, economista, odeia os Louros enganando os nossos.     

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