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Entenda como o consumo excessivo de álcool “destrói” seu projeto verão

O consumo de álcool provoca uma série de mudanças no organismo, incluindo a ressaca, mas medidas simples ajudam a lidar com a situação

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1 de 1 imagem colorida de homem deitado no sofá de ressaca - Metrópoles - Foto: Getty Images

Finalmente, o famoso “sextou” bateu à porta! Depois de uma semana inteira de trabalho e estudo, chegou a tão desejada sexta-feira. A data tem como sinônimo o merecido descanso — e por que não um happy hour ou um drinque para relaxar?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe uma dose segura de álcool, de forma que, no dia a dia, a recomendação é nenhuma dose. Mas, em encontros sociais com amigos e familiares, há quem não resista e acabe passando do ponto.

O consumo de bebidas alcoólicas provoca, no entanto, mudanças no funcionamento do nosso organismo. Claro que tudo isso vai depender de alguns fatores, como quantidade ingerida; se é uma ingestão habitual ou esporádica; idade; sexo; entre outros.

Médica nutróloga e cofundadora da ONG Obesidade Brasil, Andrea Pereira pontua os principais efeitos e consequências do álcool no indivíduo:

  • Cardiovasculares: ele aumenta a pressão arterial e pode causar danos ao coração e ataques cardíacos;
  • Cerebral: ele reduz a concentração, o julgamento, a memória; altera o humor; aumenta o risco de acidente vascular cerebral e de desenvolver demência;
  • Fígado: aumenta o risco de desenvolver câncer de fígado e de cirrose;
  • Estômago: aumenta o risco de úlceras, câncer de estômago e intestino;
  • Hormonal: redução dos níveis de testosterona nos homens, da contagem do esperma e da fertilidade. Nas mulheres, altera o ciclo menstrual.

No caso de pessoas que praticam atividade física e estão buscando ganhar massa magra, Pereira adverte: “O consumo frequente e abusivo do álcool pode levar à redução da performance, prejudicando o ganho de massa muscular. Os seus efeitos no sistema nervoso central podem desestimular os treinamentos também”.

Experiência indesejada

Outro efeito bastante famoso e comum depois de uma noite de festa é a ressaca. “Ou seja, a experiência de sintomas desagradáveis após o consumo de álcool. Normalmente, quanto mais você bebe, pior será a ressaca. Algumas pessoas ficam de ressaca depois de apenas uma bebida. Outros podem beber muito e nem sentir ressaca. Depende do seu corpo e de como ele processa o álcool”, explica Pereira. 

Como o consumo de álcool mexe com o funcionamento do corpo, alguns sintomas são característicos da ressaca: dor de cabeça; desidratação, seguida de sede, tontura e zonzeira; mal-estar, como perda de apetite e problemas de concentração e memória; náusea, vômito e dor de barriga; tremores; e cansaço.

Infelizmente, como pontua Pereira, não existe uma cura para a ressaca. “Tudo o que você pode fazer é tomar medidas para aliviar os sintomas e esperar até que desapareçam”, afirma. 

Calma, nem tudo está perdido

Contudo, você não precisa deixar de socializar e curtir a noite com os amigos e familiares. Algumas medidas simples podem ser tomadas para evitar a indesejada experiência e minimizar os efeitos do álcool no organismo.  

“Evitar beber mais que um drinque, no caso das mulheres, e dois drinques dos homens, não beber mais do que você sabe que seu corpo pode aguentar. Não beba com o estômago vazio, coma antes e durante o período de ingestão do álcool. Beba água enquanto consome álcool e antes de dormir”, exemplifica a profissional. E, apesar do que a cultura popular indica, “não beba mais álcool, isso fará você se sentir pior”. 

O educador físico e personal Vitor Vicente destaca ainda outro erro comum cometido pelas pessoas com ressaca: comer doce ou comidas gordurosas. “Seu corpo já está sobrecarregado sintetizando todo aquele álcool que você tomou no dia anterior. Se você ingerir outro alimento de difícil absorção, o corpo vai sentir. O certo é comer comidas mais leves e tomar bastante água, soro ou isotônico”, detalha. 

Experiente em emagrecimento e longevidade saudável, a médica Mariana Arraes recomenda o consumo de alimentos ricos em vitaminas do complexo B e ômega 3, como oleaginosas, peixes, folhas verde-escuras e leguminosas, além de chás como boldo, hibisco e gengibre e a clássica água de coco. 

“Outra sugestão para ajudar o fígado a processar melhor o efeito do álcool é o jejum intermitente, que pode ser complementado com exercícios aeróbicos”, indica Arraes. Há quem acredite que, no dia seguinte, fazer exercício intenso permitirá uma recuperação melhor, eliminando o álcool do corpo, contudo, isso não é comprovado.  

“Se você conseguir, pode fazer exercícios de baixa intensidade. Mas, tudo vai depender do quanto de álcool você ingeriu e de como está se sentindo. Uma caminhada, corrida lenta, um passeio de bicicleta, um domingo no Eixão são boas opções”, comenta Vicente.

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