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Vírus da mononucleose pode desencadear esclerose múltipla, diz estudo

Pesquisadores de Harvard descobriram que, de 801 pessoas com a doença autoimune, 800 já foram infectadas pelo vírus em algum momento

atualizado

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vírus epstein-barr em amarelo, fundo azul
1 de 1 vírus epstein-barr em amarelo, fundo azul - Foto: GettyImages

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram que um vírus comum, Epstein-Barr, responsável pela mononucleose (doença do beijo) pode desencadear a esclerose múltipla. A doença autoimune afeta o cérebro e a medula espinhal. O estudo foi publicado nessa quinta (13/1), na revista científica Science.

Cientistas acreditam que até 95% da população adulta já teve contato com o vírus em algum momento da vida. Os sintomas mais comuns são fadiga, febre, inflamação de garganta e inchaço dos linfonodos, além de placas esbranquiçadas na boca.

A pesquisa americana analisou os dados de 10 milhões de militares do país coletados durante duas décadas, e descobriu que o risco de desenvolver esclerose múltipla é 32 vezes maior entre as pessoas que já tinham sido infectadas pelo Epstein-Barr. A mesma relação não existe com outras doenças virais.

Outros estudos já mostraram que pacientes com esclerose múltipla têm altos níveis de anticorpos específicos contra o Epstein-Barr, mas nenhum conseguiu provar ainda como o vírus atuaria no organismo desencadeando a doença autoimune.

“Estamos trabalhando com essa hipótese, que o Epstein-Barr seja um fator de risco para esclerose múltipla, há 20 anos”, explica a cientista Kassandra Munger, co-autora do estudo. Usando os dados dos militares americanos, foram identificados 801 indivíduos que desenvolveram a doença — apenas 1 deles não foi infectado com o vírus.

Os pesquisadores encontraram indícios de uma proteína que tem sua concentração aumentada no sangue após danos às células neurais apenas após a contaminação, indicando que ela só aumentou após a infecção. “Essa é uma evidência forte de causalidade”, disse Munger ao site Live Science.

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