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Covid longa pode estar ligada à reativação de outro vírus, diz estudo

Pesquisadores acreditam que os sintomas experimentados pelos pacientes podem ser consequência do vírus Epstein-Barr

atualizado

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CDC/Unsplash
imagem de um coronavírus
1 de 1 imagem de um coronavírus - Foto: CDC/Unsplash

Na busca por respostas para explicar a Covid persistente, quando pacientes que tiveram a infecção continuam com sintomas por meses a fio, pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram uma nova teoria.

Segundo os cientistas, a causa dos sintomas pode não ter nada a ver com o coronavírus, e sim com outro vírus, o Epstein-Barr. O vírus é um dos responsáveis por uma das infecções virais mais comuns do mundo, a mononucleose (conhecida como “doença do beijo”), e tem sintomas parecidos com os da gripe. Depois da fase aguda da doença, ele fica inativo no corpo e pode ser reativado em períodos de estresse psicológico.

A pesquisa do World Organization e da Universidade da Georgia, publicada na revista Pathogens, analisou os dados de 185 pacientes que tiveram Covid-19, sendo que a maioria tinha sintomas prolongados. Cerca de 90 dias após o primeiro teste positivo, os participantes foram submetidos a um teste para Epstein-Barr.

“Descobrimos que mais de 73% dos pacientes que tinham sintomas persistentes também testaram positivo para a reativação do Epstein-Barr”, explicou Jeffrey Gold, um dos responsáveis pelo estudo, ao site EurekAlert.

Os sintomas também são semelhantes: os pacientes com Epstein-Barr apresentam fadiga extrema, irritações na pele frequentes e o chamado fenômeno de Raynaud, que diminui a corrente sanguínea nos dedos dos pés e mãos e pode estar relacionado aos “dedos de Covid”.

O estudo é pequeno, mas os pesquisadores acreditam que a inflamação causada pelo Sars-Cov-2 pode estar envolvida na reativação do vírus.

Outras duas pesquisas já alertaram para a possível relação entre os dois vírus. Na China, cientistas encontraram evidências da reativação do Epstein-Barr em mais de 50% dos pacientes que tinham sido diagnosticados com Covid-19 há menos de duas semanas. Na Europa, outro levantamento observou o vírus em 87% dos pacientes com Covid-19 analisados.

Caso a relação seja comprovada, apesar de não explicar 100% dos casos de Covid prolongada, é possível ajustar o tratamento para evitar problemas no futuro. Não há remédios aprovados para uso contra o Epstein-Barr, mas alguns antivirais podem ajudar a diminuir a carga do vírus no corpo.

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