metropoles.com

Semana de trabalho de 4 dias reduz burnout e mantém produtividade

Maior teste do mundo sobre novo modelo de trabalho mostra funcionários menos estressados, com mais qualidade de vida e produtividade

atualizado

Compartilhar notícia

Getty Images
Imagem colorida: mulher na rua com copo de café e tablet - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mulher na rua com copo de café e tablet - Metrópoles - Foto: Getty Images

Como você se sente ao final de uma semana de trabalho? O que faria se tivesse um dia a mais de folga? Um grande estudo internacional, publicado na terça-feira (21/2), mostra que a jornada de trabalho de quatro dias é benéfica tanto para os funcionários quanto para os empregadores.

O maior teste do mundo sobre o esquema de quatro dias, coordenado pela organização 4 Day Week Global, mostra que a semana mais curta é capaz de reduzir o burnout em 71% sem afetar as metas de produtividade das empresas.

O experimento foi feito com 2,9 mil trabalhadores de 61 empresas do Reino Unido dos ramos financeiro, varejista, de consultoria, habitação, TI, marketing, hotelaria e recrutamento. Durante seis meses – entre junho e dezembro de 2022 – as companhias reduziram a jornada de trabalho de seus funcionários em 20%, sem alterações nos salários.

Sete em cada dez (71%) funcionários relataram níveis mais baixos de burnout do que antes; cerca de quatro em cada dez (39%) se sentiram menos estressados graças ao horário reduzido.

A síndrome de burnout é o resultante de estresse crônico provocado pelo trabalho, seus principais sintomas são exaustão, esgotamento mental e redução de produtividade. Em janeiro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o burnout na lista de doenças do trabalho.

No experimento, os chefes conseguiram aumentar a eficiência de suas equipes implementando reuniões mais curtas, períodos de foco sem interrupção e listas de tarefas de fim de dia.

0

Tempo pessoal

O fim de semana de três dias foi positivo para as pessoas que têm filhos ou cuidam de parentes. Seis em cada dez disseram que ficou mais fácil conciliar a vida profissional com a pessoal. Para 62% dos entrevistados, o tempo livre também foi benéfico para a vida social.

Quando questionados sobre o que faziam no dia extra de folga, a maioria afirmou “administrar a vida” com compras para a casa ou tarefas domésticas para aproveitar melhor o fim de semana, sem preocupações.

Muitos disseram que faziam atividades recreativas como esportes, voluntariado ou cozinhar por prazer. Algumas pessoas usavam o tempo para a qualificação profissional ou prática de novas atividades.

Benefícios para o empregador

Os dados revelaram que, para 95% das empresas, as metas de produtividade permaneceram as mesmas ou melhoraram. As empresas tiveram um aumento médio de 1,4% na receita.

Além disso, houve uma redução de 57% nas saídas dos funcionários das empresas em comparação ao ano anterior, incentivada pela melhora da qualidade de vida após a redução da jornada.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia