Problemas de saúde bucal que vão além da cárie
Halitose, gengivite e placas bacterianas são doenças bucais comuns em sua maioria por falta de higiene.
atualizado
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Uma das doenças bucais mais conhecidas é a cárie, ocasionada por bactérias. No entanto, a falta de cuidados específicos com a boca pode acarretar em outros problemas bem comuns.
O mau hálito é um deles. A doença atinge mais da metade dos brasileiros, sendo que em 90% dos casos a origem do odor é a higienização. Ou seja, na maior parte ocorre por má escovação dos dentes e da língua, com acúmulo de bactérias e restos de alimentos. Pessoas que fumam, bebem muito ou tem problemas estomacais costumam ter problemas de halitose. Doenças como diabetes tipo 2, gastrite e lesões no fígado, rim ou intestino podem se manifestar por meio da boca.
Outro problema causado por falta de higiene bucal é a inflamação da gengiva, conhecida como gengivite. Os sintomas são sensibilidade, vermelhidão, inchaço e sangramento. Muitas vezes, as pessoas não dão a devida atenção aos sintomas da boca, mas de acordo com estudo publicado na revista médica Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention, mulheres com gengivite na menopausa têm 14% mais chances de desenvolver um câncer.
Tanto o início da cárie, a halitose e a gengivite têm origem nas placas bacterianas, que são películas sem cor que se formam ao redor do dente e aproveitam os restos de alimentos para proliferar e se desenvolver. A doença tem como sintoma a formação de uma grossa camada nos dentes, dor de dente e retração na gengiva.
Com a falta de cuidados bucais, essas doenças podem evoluir e levar até a perda dos dentes. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% da população brasileira acima de 60 anos já perdeu dentes. A principal causa é a periodontite. Normalmente, a gengivite quando não é tratada pode piorar e evoluir para um quadro mais grave em que as bactérias se calcificam nos dentes, podendo chegar aos ossos.
O dentista Victor Amorim, da clínica Odontomais, explica que a prevenção é a melhor opção para manter uma boca saudável. É também a mais econômica e menos dolorida. Segundo ele, visitas de seis em seis meses ao consultório são ideais. O especialista recomenda ainda escovar sempre os dentes após as refeições e não esquecer do uso diário do fio dental. “Atualmente essa prevenção ficou mais fácil, porque temos uma gama de produtos no mercado, além da água que nos últimos anos passou a ser fluoretada”, conclui.