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Pesquisadores identificam mutação do coronavírus no Rio de Janeiro

Ainda não se sabe se a cepa é mais transmissível ou causa variante mais grave da doença, tampouco se pode interferir na eficácia das vacinas

atualizado

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Callista Images/Getty Images
coronavírus ilustração
1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: Callista Images/Getty Images

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica (LCNN) em Petrópolis, no Rio de Janeiro, identificaram uma nova linhagem do coronavírus, com mutação em amostras recolhidas no estado.

Foi feito sequenciamento genético em 180 genomas, e 38 apresentaram a mutação consistente com uma nova linhagem. Cerca de 60% das amostras são da cidade do Rio de Janeiro.

Ainda não há informações se o vírus, que se derivou do B.1.1.28 (linhagem em circulação no Brasil desde o início do ano), é mais transmissível ou causa variante mais grave da Covid-19. Também não se sabe se a mutação pode interferir na eficácia das vacinas. O estudo apenas relata o achado.

A publicação foi feita no formato de pré-print, ou seja, ainda precisa passar por revisão da comunidade científica.

Cepas britânica e africana

Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre outras duas variantes do coronavírus, no Reino Unido e na África do Sul. Apesar de as mutações serem semelhantes, as linhagens das duas amostras são diferentes.

A mutação que aconteceu no Reino Unido é mais transmissível do que o coronavírus original devido a uma modificação na proteína Spike, usada pelo vírus para invadir as células e se reproduzir. Porém, parece que a doença causada pelo micro-organismo não é mais mortal ou causa doença mais grave. Apesar disso, várias nações fecharam as fronteiras com o país.

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