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Mutação mais infecciosa de coronavírus é a mais comum no mundo, diz estudo

Vírus apresentou duas variações no seu genoma e, desde março, a que se multiplica melhor no corpo é a mais encontrada em pacientes com Covid

atualizado

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IOC/Fiocruz/Divulgação
fotografia digital coronavírus
1 de 1 fotografia digital coronavírus - Foto: IOC/Fiocruz/Divulgação

De acordo com um estudo publicado na quinta-feira (2/7) no periódico científico Cell, uma mutação do coronavírus mais eficiente em se multiplicar no corpo humano é a mais prevalente entre infectados no mundo inteiro.

A variação, chamada de D614G, apresenta uma mudança na proteína spike, usada pelo vírus para invadir as células, que a torna mais eficaz para invadir o corpo e iniciar o processo de infecção.

“As informações recolhidas pelo nosso time sugerem que esta mutação está associada com uma maior carga viral no trato respiratório superior de pessoas com Covid-19, o que significa que a habilidade do vírus de infectar outras pessoas pode ser maior. Felizmente, não parece que o D614G cause uma doença mais severa“, afirma Thushan de Silva, um dos responsáveis por analisar os dados da pesquisa.

Os especialistas descobriram ainda que o sistema imune de pacientes infectados com a mutação não parece precisar produzir anticorpos diferentes ou melhores para combater o vírus, apesar de ele se espalhar com mais eficiência.

“O vírus não ‘quer’ ser mais letal, ele ‘quer’ ser mais transmissível. Ele ‘quer’ que o hospedeiro o ajude a espalhar suas cópias, que saia para trabalhar, vá para a escola e encontre os amigos para transmiti-lo a novos hospedeiros. Claro, o vírus é inanimado e não ‘quer’ nada, mas um vírus que sobrevive é aquele que se dissemina com maior eficiência. Um vírus que mata o paciente rapidamente, não vai muito longe — pense no exemplo do Ebola”, explica a professora Erica Saphire, que também participou do estudo.

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