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OMS rebate Bolsonaro: “Nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo”

Durante uma entrevista nesta quinta-feira (12/1), o presidente minimizou gravidade da variante ao dizer que “Ômicron não tem matado ninguém”

atualizado

OMS/Reprodução
Mike Ryan na OMS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (12/1), que a variante Ômicron do novo coronavírus é bem-vinda no Brasil. O comentário foi rebatido horas depois pelo diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, durante a conferência semanal da entidade sobre a Covid-19.

“Nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo, especialmente quando há indivíduos sofrendo”, afirmou Ryan ao responder sobre a fala do chefe do Executivo brasileiro.

O diretor lembrou que, mesmo as primeiras evidências mostrando que a nova cepa está provocando sintomas leves na maioria dos pacientes, há muitas pessoas ao redor do mundo em hospitais, precisando do suporte de ventilação mecânica.

“É uma doença que pode ser prevenida por vacinas. É muito importante lembrarmos que a pandemia ainda está nas nossas mãos. Há muito o que podemos fazer e não é hora de desistir. Não é hora de ceder. Não é hora de declarar que este é um vírus bem-vindo”, completou.

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“Vírus bem-vindo”

Em entrevista a um canal apoiador do governo, Bolsonaro afirmou que a variante “não tem matado ninguém”, menosprezando o aumento de casos de Covid-19 no país.

“A Ômicron não tem matado ninguém. O que morreu aqui em Goiás não foi de Ômicron. Na verdade, foi ‘com Ômicron’, não foi ‘de Ômicron’. Ele já tinha problemas seríssimos, em especial nos pulmões. Acabou falecendo”, disse.

“As próprias pessoas que entendem de verdade dizem que ela tem uma capacidade de se propagar muito grande, mas de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. A Ômicron é bem-vinda e pode sinalizar o fim da pandemia”, completou.






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