1 de 1 Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nessa quinta-feira (6/1), que a variante Ômicron, da Covid-19, está matando pessoas em todo mundo. Portanto, a mutação não deve ser considerada branda.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apesar de estudos sugerirem que a Ômicron é menos severa do que as demais variantes, o número de pessoas infectadas com a nova cepa tem sobrecarregado sistemas de saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados mais de um milhão de casos de Covid em 24h.
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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“Assim como as variantes anteriores, a Ômicron está hospitalizando e matando pessoas. Na verdade, o tsunami de casos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde em todo o mundo”, disse Tedros.
De acordo com a organização, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo e se espalha mais rápido. No entanto, os imunizantes são importantes para proteger os indivíduos contra casos mais graves que podem levar a morte.
A OMS alertou que o número de casos globais aumentou em 71% na última semana. Nas Américas, houve alta de 100%. Além disso, a organização afirmou ainda que entre os registros graves, 90% são de pessoas que não foram vacinadas.
Na Europa, os casos seguem em alta. Hospitais e demais estabelecimentos de saúde declararam estado crítico devido à ausência de funcionários e pressões crescentes.
O Reino Unido relatou, nessa quinta-feira, 179.756 novos casos e 231 mortes relacionadas à Covid no país. Já na França, são 261 mil novos casos.
Na Sérvia, o presidente Aleksandar Vucic disse que o sistema de saúde do país está sob grande pressão e que já foram registrados mais de 9 mil casos.
Diante desse cenário, Tedros fez um apelo pela melhor distribuição de vacinas para ajudar os países mais pobres a vacinarem suas populações. Isso porque a OMS acredita que o mundo teria doses suficientes para vacinar toda a população adulta em 2022, se os países ocidentais não acumulassem imunizantes para usar em seus programas de reforço.
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