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Musculação e funcional podem ajudar a controlar a diabetes, diz estudo

Pesquisa demonstrou que treinos de resistência, como a musculação, melhoram a secreção de insulina e podem beneficiar paciente com diabetes

atualizado

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Foto colorida de mulher levantando peso - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher levantando peso - Metrópoles - Foto: iStock

Um estudo conduzido por biólogos da Unicamp mostrou que treinos de resistência, como a musculação e o funcional, podem aumentar a expectativa de vida quem vive com diabetes. A pesquisa comprovou que atividades que envolvem a força física podem ter benefícios semelhantes aos de treinos aeróbicos, como corrida e natação, práticas que já eram recomendadas anteriormente aos diabéticos.

A pesquisa foi feita avaliando o impacto na saúde de ratos que tinham diabetes tipo 1. Tanto eles como animais saudáveis foram expostos a treinos de força — escaladas com pequenos pesos em suas caudas — para avaliar o impacto da atividade na saúde dos animais doentes. A musculação impediu tanto a disfunção como a morte das células pancreáticas dos animais.

Os ratos treinaram cinco dias por semana ao longo de quase três meses, com intensidades progressivas. Depois de dez semanas de exercícios de resistência, os roedores apresentaram melhora na tolerância à glicose e redução da glicemia. O pâncreas conseguiu secretar naturalmente mais insulina e processar melhor a glicose.

Com isso, é possível dizer que a musculação ajudaria os animais a serem menos dependentes de medicação e de uso externo de insulina para manter a diabetes controlada.

Tão bom quanto correr

Os pesquisadores observaram que os “ratos de academia” tiveram funcionamento do pâncreas semelhante ao dos saudáveis. “A maioria dos estudos utiliza exercícios aeróbios como referência”, disse a cientista Gabriela Alves Bronczek, uma das responsáveis pelo estudo, ao portal da Agência Fapesp.

“Mas descobrimos que as moléculas liberadas durante a musculação podem melhorar o funcionamento das células e proporcionar todos os benefícios do treino aeróbico”, completa Bronczek. Os primeiros avanços da pesquisa foram publicados no International Journal of Molecular Sciences em agosto do ano passado e o estudo deve continuar para entender melhor os impactos do exercício no pâncreas.

Tratamentos futuros

Para os investigadores do estudo, a pesquisa abriu caminho para uma prescrição mais eficaz de atividade física para pacientes com diabetes. ‘“Passaremos a entender melhor como esse tipo de atividade funciona, sua fisiologia e como ela impacta na homeostase glicêmica”, resume a pesquisadora.

Um possível desdobramento, para Bronczek, é a possibilidade de, no futuro, isolar as moléculas produzidas pelo pâncreas dos ratos que se exercitaram. “Essa molécula poderia ser sintetizada ou isolada e utilizada em pacientes com diabetes tipo 1″, sugere.

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