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Estudo de Harvard: jantar depois das 22h aumenta risco de obesidade

As refeições no fim da noite também têm impacto no dia seguinte, fazendo com que a pessoa sinta mais fome ao acordar

atualizado

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Homem come em frente ao computador
1 de 1 Homem come em frente ao computador - Foto: Getty Images

Pessoas que jantam depois das 22h correm maior risco de se tornarem obesas no futuro, de acordo com um novo estudo feito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O hábito foi associado pelos pesquisadores à desaceleração do metabolismo nas horas seguintes à refeição e aumento da fome na manhã seguinte. A descoberta foi publicada na revista científica Cell Metabolism nessa terça-feira (4/10).

O estudo contou com a participação de 16 voluntários com sobrepeso ou obesidade entre 20 e 60 anos. Eles foram divididos em dois grupos: os que deveriam fazer a última refeição do dia às 18h e os que precisavam jantar às 22h. Ambos comeram o mesmo prato servido pelos pesquisadores.

Ao longo do dia, os indivíduos registraram o nível de apetite e fome que sentiram, e os cientistas recolheram dados sobre a temperatura corporal e gasto energético, além de coletarem amostras de sangue. Os pesquisadores também controlaram rigorosamente os fatores ambientais que pudessem causar interferência no estudo, como prática de exercícios, sono e exposição à luz.

Além disso, todos os voluntários foram instruídos a ir para a cama e acordar no mesmo horário nas três semanas anteriores ao início do experimento.

O estudo mostrou que as pessoas que fizeram a última refeição às 22h queimaram menos calorias no dia seguinte e tiveram uma produção maior do hormônio da fome (grelina) em comparação com as que se alimentaram até às 18h.

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As pessoas que comiam mais tarde também tinham níveis mais baixos de compostos químicos que regulam a saciedade após as refeições, como o hormônio leptina; queimaram as calorias mais lentamente; e tinham amostras de tecido mostrando aumento de gordura.

“Descobrimos que comer quatro horas depois faz uma diferença significativa em nossos níveis de fome, na maneira como queimamos calorias depois de comer e na forma como armazenamos gordura”, escreveu a principal autora do estudo, Nina Vujović.

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