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Entenda o que é a demência frontotemporal, a doença de Bruce Willis

Família do ator confirmou diagnóstico, que vem pouco depois de anúncio de aposentadoria por um quadro de afasia: “É uma doença cruel”

atualizado

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Tommaso Boddi / Correspondente/ Getty Images
Bruce Willis, ator e cantor norte-americano- Metrópoles
1 de 1 Bruce Willis, ator e cantor norte-americano- Metrópoles - Foto: Tommaso Boddi / Correspondente/ Getty Images

Bruce Willis, ator e cantor norte-americano- Metrópoles

A família de Bruce Willis informou, nesta quinta (16/2), que o ator foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). Em 2022, foi anunciado que ele se aposentaria depois de um diagnóstico de afasia (dificuldades na fala), que evoluiu para o quadro atual.

“Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Enquanto isso é doloroso, é um alívio finalmente chegar a um diagnóstico claro”, afirmam os familiares do ator.

De acordo com o Manual MSD, cerca de metade das DFTs são hereditárias. Os principais efeitos da doença são mudanças na personalidade, comportamento e linguagem — apesar de alguns casos terem perda de memória, o sinal não é tão comum quanto no Alzheimer, outro tipo de demência.

O paciente tem dificuldade no raciocínio abstrato e na atenção, responde perguntas de maneira desordenada, torna-se impulsivo, perde as inibições sociais e negligencia a higiene pessoal. O comportamento torna-se repetitivo e estereotipado e há redução da expressão verbal, com repetição excessiva de algumas palavras.

Muitas pessoas com DFT têm, como Willis, diagnóstico de afasia, quando há redução da fluência, dificuldade de compreensão da linguagem e hesitação — este pode ser o único sintoma antes do diagnóstico em alguns pacientes.

É possível que o indivíduo tenha, com o avanço da doença, atrofia muscular generalizada, fraqueza, fasciculações e dificuldade para mastigar — por isso, pode ter risco de pneumonia por aspiração e até morte prematura. A condição é irreversível.

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“DFT é uma doença cruel que muitos de nós nunca ouvimos falar e que pode atingir qualquer um. Para pessoas com menos de 60 anos, DFT é a forma mais comum de demência, e como o diagnóstico pode levar anos, a DFT é provavelmente muito mais dominante do que sabemos. Atualmente, não há tratamentos para a doença, uma realidade que esperamos poder mudar nos anos à frente. À medida que a condição de Bruce avança, esperamos que qualquer atenção da mídia possa se concentrar em iluminar esta doença que precisa de muito mais conscientização e pesquisa”, diz o comunicado da família de Willis.

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