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Diretora da Opas alerta que tripledemia é “nova ameaça” às Américas

A diretora da Opas destacou a importância de permanecer alerta sobre a Covid e continuar com os cuidados necessários para evitar tripledemia

atualizado

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Ilustração colorida de pessoas usando máscara para se proteger de vírus sazonal-Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de pessoas usando máscara para se proteger de vírus sazonal-Metrópoles - Foto: Getty Images

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou nesta quarta-feira (14/11) que a tripledemia é uma nova ameaça para a saúde no continente americano. A situação acontece quanto é constatada a coexistência do vírus Sars-CoV-2, da Covid-19; influenza, da gripe; e do vírus sincicial respiratório (VSR).

Segundo a diretora da Opas, só na ultima semana foi registrado um aumento de 70% nos casos de Covid-19 nas Américas em comparação com o mês de outubro. Ao mesmo tempo, os países da América do Sul, como Brasil, Chile e Peru, tiveram uma maior quantidade de mortes pelo coronavírus ou pelo VSR.

“A situação pode ser melhorada, mas precisamos da colaboração de todos para que isso aconteça. Toda vez que nos tornamos coniventes, ou seja, não levamos as recomendações a sério, aumentamos os riscos de contaminação. A ameaça a um país é uma ameaça a toda a região”, afirma Carissa.

A diretora mencionou a redução das testagens de Covid-19 e alertou que a subnotificação dos casos contribui para a maior disseminação do Sars-CoV-2. Ela indica que todos permaneçam alertas às medidas de proteção recomendadas, como a utilização de máscaras e a higienização constante das mãos, evitando também a infecção pelo influenza e pelo VSR.

Carissa lembra ainda que o aumento dos diagnósticos é esperado, mas a situação segue um padrão diferente em 2022. “Os casos de doenças respiratórias sempre aumentam no fim do ano, especialmente em países frios, como Estados Unidos e Canadá. Mas, este ano, estão aumentando antes do esperado, inclusive na América do Sul”, afirma.

Vírus sincicial respiratório

A diretora da Opas ainda comentou que nos maiores países da América do Norte e no Brasil o número de crianças internadas com VSR está cada vez maior. Ela ressaltou que, mesmo não existindo uma vacina aprovada contra o vírus causador da doença respiratória, os imunizantes contra a Covid-19 e a gripe ajudam a proteger as pessoas mais vulneráveis. As crianças se encaixam nesse grupo.

O VSR é responsável por 34 milhões de hospitalizações e 200 mil mortes todos os anos no mundo em crianças com menos de 5 anos. Entre lactantes e crianças menores de 2 anos, ele é o principal causador de infecções do trato respiratório. Crianças que contraíram a doença podem ter bronquiolite e desenvolver asma no futuro.

Vacinas contra a Covid-19 são suficientes

Em relação à nova subvariante da Covid-19, a BQ.1, Carissa garante que não há motivo para pânico. Ela explica que o período deve ser encarado como uma fase de transição e, por enquanto, os imunizantes existentes têm se mostrado eficazes contra casos graves e óbitos, e há vacinas suficientes para proteger a todos.

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