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Desanimado na segunda-feira? Saiba reconhecer a síndrome de burnout

Cansaço físico e mental extremo, ansiedade, relações ruins com chefe e colegas são sintomas do esgotamento emocional relacionado ao trabalho

atualizado

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Gift Habeshaw, Unsplash
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1 de 1 burnout - Foto: Gift Habeshaw, Unsplash

Quando você ouve a palavra trabalho no que pensa? Estresse, cansaço, sobrecarga? Ou será que em prazos, contas para pagar e responsabilidades? Seja qual for a sua relação com o trabalho, frequentemente ele representa mais da metade dos nossos dias. Se antes trabalhar significava cumprir um horário comercial de 9h às 18h, com o advento das tecnologias, as pessoas nunca param de trabalhar. Seja na empresa, nos grupos de WhatsApp, no final de semana e, às vezes, até nas férias.

Segundo a psiquiatra Monique Scalco, houve uma mudança relevante nas relações de trabalho nos últimos anos e isso tem gerado maior competitividade, especialmente, com o risco elevado de desemprego. “Hoje as pessoas se sentem ameaçadas e, por isso, têm a tendência de se sobrecarregarem. É socialmente bem aceita essa condição de que a pessoa faz mil coisas ao mesmo tempo. Isso segue sendo bem visto”, argumenta. “Uma das recomendações hoje para meus pacientes, quando eles saem de férias, é sair dos grupos de WhatsApp da empresa. A impressão que dá é que a pessoa não consegue desligar”, relata.

Esse padrão contemporâneo de trabalho pode servir de estopim para desencadear a chamada síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. De acordo com estimativa da International Stress Management Association (Isma), 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com esse problema.

O termo se refere a exaustão prolongada e a diminuição do interesse em trabalhar. Os principais sinais de alerta são ansiedade excessiva relacionada ao trabalho, insônia, sensação de cansaço extremo, esgotamento físico e mental, desconforto intenso no trabalho, atitude negativa em relação ao chefe e aos colegas, percepção de inaptidão ou fracasso, redução real da produtividade, entre outros. A médica explica que, com o tempo, isso pode se ampliar para outros setores da vida e constituir uma doença mental mais “clássica”, como depressão e ansiedade.

Monique afirma que, mesmo que a pessoa ame o que faz e sinta prazer no trabalho, ela pode adoecer. Portanto, é preciso ficar atento aos sintomas e, em seguida,  procurar um profissional de saúde mental – psicólogo ou psiquiatra – para que ele faça uma avaliação do quadro. O tratamento consiste em acompanhamento médico e, em alguns casos, medicamentos e afastamento temporário do trabalho. “No retorno, será preciso redimensionar a função da pessoa. Em alguns casos, ela terá até que mudar de emprego”, aconselha Monique.

Alguns fatores complementares podem ser incluídos na rotina para prevenir um possível quadro de esgotamento, entre eles atividade física regular, boas noites de sono, além de momentos de relaxamento frequentes.

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