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Dasa anuncia criação de maior banco genômico de coronavírus do país

O projeto Genov tem capacidade de sequenciar cerca de 3 mil amostras do vírus por mês. Os primeiros resultados devem ser divulgados em junho

atualizado

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1 de 1 coronavirus ilustração - Foto: Pixabay

O grupo Dasa anunciou, nesta segunda-feira (17/5), o lançamento do Genov, projeto científico de vigilância por sequenciamento amostral do Sars-CoV-2 no Brasil. A plataforma terá capacidade de sequenciar 30 mil genomas completos do coronavírus em até 12 meses, aproximadamente 3 mil amostras por mês, formando assim o maior banco de dados genômicos da Covid-19 do país.

O investimento de R$ 4,8 milhões deve conferir um salto no poder de vigilância epidemiológica no país. Os primeiros resultados estarão disponíveis em junho, segundo Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.

“Estamos diante de uma poderosa ferramenta no combate à Covid-19, o que impacta diretamente no controle da crise sanitária que estamos vivendo mundialmente”, disse, durante a coletiva de lançamento.

Trabalhos como esse são importantes para identificar novas variantes com segurança e agilidade e a evolução das mutações do vírus em tempo real. Também contribuem para o estabelecimento de políticas públicas sanitárias.

“A atuação da Dasa no cenário da pandemia com iniciativas de impacto social não é de hoje. No final de 2020, por exemplo, fomos os primeiros a identificar a presença da variante inglesa (B.1.1.7) no Brasil. Assim que a detectamos, informamos a vigilância epidemiológica e, a partir desse monitoramento, as decisões puderam ser tomadas com base na ciência”, afirmou Campana.

O sequenciamento será feito no Centro de Diagnóstico em Genômica da Dasa, de São Paulo, com amostras de testes de detecção da Covid-19 feitos nos laboratórios de medicina diagnóstica da rede espalhados por diversas regiões do país.

O sequenciamento genômico requer grandes investimentos. Por isso, muitas vezes é feito com apenas algumas dezenas de amostras. Desde o início da pandemia – entre 20 de fevereiro de 2020 e abril de 2021 –, cientistas brasileiros de diferentes instituições de pesquisa cadastraram 3.973 genomas no Gisaid, principal banco de dados global.

José Eduardo Levi, virologista da Dasa, idealizador e pesquisador principal do projeto Genov, garantiu que todos os dados sequenciados gerados pelo laboratório serão de domínio público imediatamente, para que o país ganhe celeridade no enfrentamento da pandemia.

“Estamos colocando nossos recursos humanos, técnicos, operacionais e até nossa estrutura física de diagnóstico genômico em São Paulo para viabilizar o projeto e torná-lo um marco para a ciência brasileira e em prol da nossa sociedade”, disse.

“Muitos dos sequenciamentos que foram feitos no país são fotografias do passado. O vírus está evoluindo rapidamente, de uma forma até surpreendente para a comunidade dos virologistas. Então é importante olhar os vírus que apareceram entre 15 e 30 dias atrás. Quatro meses atrás já não interessa. A variante P.1 já tem se modificado”, esclareceu Levi.

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