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Covid-19: cloroquina é ineficaz em casos leves e moderados, dizem estudos

Mais quatro pesquisas internacionais recentes mostram que remédio não faz diferença no tratamento da infecção provocada pelo coronavírus

atualizado

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HAL GATEWOOD/UNSPLASH
comprimidos em fundo azul
1 de 1 comprimidos em fundo azul - Foto: HAL GATEWOOD/UNSPLASH

A revista científica britânica The BMJ, uma das mais importantes do mundo, publicou, nesta sexta (15/05), mais dois estudos feitos com a cloroquina que não mostraram benefícios do medicamento contra o coronavírus, inclusive em casos leves e moderados.

Um ponto importante das conclusões é que, além de não atuar contra o vírus, a cloroquina também apresenta efeitos adversos. Em um deles, entre os 84 participantes que tomaram o remédio, 8 (10%) tiveram alterações cardíacas e, por isso, interromperam o tratamento.

Já as revistas The New England Journal of Medicine e Journal of the American Medical Association, as duas dos Estados Unidos, também publicaram resultados de outros dois estudos com o medicamento, em associação com a azitromicina, um antibiótico.

Não foram encontradas diferenças entre o resultado do tratamento em pacientes intubados e nem a diminuição no número de mortes em consequência da doença. Foram analisados dados de mais de mil pacientes.

Uma das pesquisas foi feita de maneira randomizada (parte dos participantes recebeu um placebo), que é a forma mais reconhecida pela ciência de se testar um medicamento. No estudo, 75 pacientes receberam a hidroxicloroquina e 75 seguiram com o tratamento padrão. Todos passaram por exames nos dias 4, 7, 10, 14, 21 e 28 depois da infecção.

Entre os participantes, 109 tiveram resultados negativos para coronavírus antes do 28º dia: 56 do grupo que usou o tratamento padrão e 53 entre os que tomaram a cloroquina. A proximidade dos números mostra que o uso do medicamento não fez diferença — os cientistas relataram ainda que algumas pessoas que tomaram a cloroquina apresentaram efeitos adversos gastrointestinais.

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