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Corpo pode se defender de 3 maneiras diferentes contra Covid-19, diz estudo

Pesquisa foi publicada na revista Science, e pode ajudar a encontrar um tratamento personalizado para a doença

atualizado

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Andriy Onufriyenko/GettyImages
Representação de coronavírus em fundo cinza
1 de 1 Representação de coronavírus em fundo cinza - Foto: Andriy Onufriyenko/GettyImages

Uma das principais questões sendo pesquisadas sobre o coronavírus é como ele age no sistema imunológico do corpo humano. Vários estudos já mostraram que a resposta do organismo à invasão pode ser uma das razões pelas quais a Covid-19 mostra impactos tão diferentes em cada paciente.

De acordo com um estudo publicado nesta quarta (15/7) na revista Science, a situação pode ser um pouco mais complicada do que parece: segundo os cientistas, o sistema imunológico pode responder de três maneiras diferentes à ameaça do Sars-CoV-2.

Foram acompanhados 90 pacientes graves, 20 não hospitalizados e 44 saudáveis, que não foram infectados pelo coronavírus. Os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, conseguiram definir três tipos de resposta.

A primeira, que foi encontrada em pacientes com quadro grave de falência de órgãos e complicação renal, foi a ativação das células T CD4+ e CD8+, que são os principais micro-organismos responsáveis por defender o corpo de invasões.

A segunda, típica em pessoas imunossuprimidas e que acabaram morrendo pela Covid-19, é caracterizada por uma leve ativação das células T CD8+, e de dois subtipos (EM e EMRA), além de uma modesta ativação das células B de memória e dos linfonodos periféricos no sangue.

Já a terceira maneira, que aparecia com mais frequência em pacientes com sintomas leves, ou sem sintomas, não mostrava evidências de resposte imune à infecção.

“Estamos esperançosos de que com isso, possamos realmente prever, ou pelo menos inferir, os diferentes padrões imunológicos que um paciente tem com base em dados clínicos”, explica o pesquisador John Wherry, um dos responsáveis pelo estudo. A esperança dos cientistas é de que as informações sejam suficientes para ajudar a criar um tratamento personalizado para cada tipo de paciente infectado.

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